Influenciada por seu professor João Villalobos, decidiu cursar Filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Graduou-se em 1965 e seguiu carreira acadêmica na USP, onde hoje é professora livre-docente. É autora de livros sobre ideologia, cultura, universidade pública, além de obras sobre as filosofias de Merleau-Ponty e Espinosa.
Marilena Chauí foi secretária de Cultura da cidade de São Paulo durante a gestão da prefeita Luiza Erundina (1989 – 1992). Ao visitar a Mário de Andrade como secretária ficou assustada com a precariedade do prédio e do acervo, por isso se empenhou integralmente nos quatro anos para poder, como ela diz, “vê-la pronta e ampliada, bonita, desejada, freqüentada”.
Como usuária da Biblioteca desde muito jovem, Marilena guarda a recordação de uma biblioteca completa, detentora de todo conhecimento existente: “(...) se constituiu para mim um mapa da cidade em cujo centro estava a Biblioteca Mário de Andrade. Ela era a minha referência cultural, minha referência geográfica, minha referência afetiva”.
Sinopse
• Origem familiar e infância • Relação afetiva com a Biblioteca Mário de Andrade • BMA e seu entorno • Transformações urbanas da cidade de São Paulo (décadas 60 e 70) • Sociabilidade e formação cultural na BMA • Opção pela Filosofia • Ditadura: encolhimento político cultural da cidade • Diferenças entre as bibliotecas universitárias e públicas • Administração na Secretária Municipal de Cultura: problemas e desafios • BMA: decadência e expectativas em relação à reforma (1992) • Diretrizes para a reformulação da BMA: criação de uma comissão de trabalho e investimento na compra de livros • Mudança de paradigma na política cultural com o desenvolvimento do projeto “Cidadania Cultural” • Programas de mediadores de leitura • Avaliação sobre os projetos mais impactantes: bibliotecas, mediadores de leitura, casa de cultura da COHAB Tiradentes • Responsabilidades como gestora: Mário de Andrade como patrimônio nacional •
Mapa afetivo de São Paulo
Avenida Ipiranga ↔ Avenida São João ↔ Avenida São Luis ↔ Barba Azul ↔ Biblioteca Mário de Andrade ↔ Bonde para a Rua Maria Antonia ↔ Cinemas de arte da Praça da República ↔ Colégio Roosevelt ↔ Igreja da Consolação ↔ Liberdade ↔ Pari Bar ↔ Praça Clóvis Bevilacqua ↔ Praça da Sé ↔ Praça João Mendes ↔ Rua Conselheiro Furtado ↔ Teatro Arena ↔ Teatro Oficina
Expectativas e direções para a BMA
- Revitalizar o prédio;
- Ser uma biblioteca completa, em dia com o mundo cultural;
- Readquirir posição de referência, permitindo acesso à cultura, à produção da cultura e à difusão.
Ficha Técnica
data 10/07/2006 duração 85 minutos mídia 1 DVD / 2 fitas cassetes / 1miniDV transcrição 26 páginas / formato PDF local auditório da Biblioteca Mário de Andrade interlocução Daisy Perelmutter / Lúcia Neíza pesquisa Alexandre Nakamura / Daisy Perelmutter / Maria Carolina de Ré / Mariana Cordeiro Serra edição audiovisual André Lara Mello / Sérgio Teichner edição de texto Suely Farah revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira