Dança: A Borboleta e o cubo de vidro

Criado, dirigido e interpretado pela bailarina Ale Kalaf, o espetáculo "A Borboleta e o cubo de vidro" reflete sobre o tema da violência de gênero por meio da dança. O projeto é conduzido pela pesquisadora de literatura Roberta Ferraz, que faz um "atravessamento literário" antes das apresentações, com leituras de textos de autoras como Ana Cristina Cristina Cesar, Hilda Hilst, Luci Collin, Ana Martins Martques, Grada Kilomba, bel hooks, entre muitas outras.

Após cada apresentação, uma convidada diferente sobe ao palco para um bate-papo que aprofunda o tema do projeto. Participam dos debates a poeta, curadora e tradutora Lubi Prates, a advogada e professora Eleonora Nacif, a psicanalista Ligia Polistchuck e a escritora e pesquisadora Ana Rusche.

A inspiração para "A Borboleta e o Cubo de Vidro" surgiu do contato de Ale Kalaf com uma pesquisa da antropológa Miriam Goldberg em que ela perguntava a homens e mulheres o que invejavam no sexo oposto, escancarando a desigualdade e violência de gêneros que ainda persiste nos dias de hoje. 

A esse cenário Ale Kalaf respondeu com um espetáculo que comemora a sobrevivência, dançando uma realidade compartilhada por muitas mulheres. Para esse projeto, a coreógrafa se libertou da própria trajetória artística, rompendo com algumas das regras da tradição da dança flamenca e dando espaço a outras coreografias e trechos de improviso.?

Como toda a programação cultural da Mário, "A Borboleta e o Cubo de Vidro" é uma atividade gratuita. As senhas ficam disponíveis na recepção no dia das apresentações, com uma hora de antecedência.
 

A Borboleta e o cubo de vidro

espetáculo de dança flamenca contemporânea de Ale Kalaf
atravessado por coro de mulheres lidas por Roberta Ferraz

apresentações seguidas de debates

16.03, quinta, 19h - Lubi Prates
17.03, sexta 19h - Eleonora Nacif
18.03, sábado, 16h - Ligia Polistchuck
19.03, domingo, 16h - Ana Rusche?