#MárioIndica Meu menino vadio, de Luiz Fernando Vianna
Quando esperamos um filho, a espera vem carregada de grandes expectativas!
Choro, cólica, leite materno ou leite de caixinha? Essas pequenas preocupações permeiam a cabeça de qualquer pai e mãe. Mas e quando o filho chega em nossos braços com algo maior, algo que não esperamos? Como lidar com isso? Como entender o mundo dos autistas estando em contato pela primeira vez com o filho que acaba de chegar?
No livro Meu menino vadio, o pai conta como consegue todos os dias entender o mundo em que seu filho vive, mostrando as dificuldades e descobertas enfrentadas por ele.
“Ele é reconhecido na pracinha, na padaria, nas ruas, no pequeno prédio de três andares onde moramos. Ainda que não recebam respostas, algumas pessoas o cumprimentam. E exaltam sua beleza. Quem não sabe seu nome pergunta pelo “menino” quando me sozinho." (VIANNA, 2017, p. 75)
#Márioindica A mesa voadora, de Luis Fernando Veríssimo
“Só entro em cozinha para abrir a geladeira.”
Como de costume, Veríssimo consegue transformar situações cotidianas em algo agradável e divertido de se ler. Nesse livro, que reúne 47 crônicas do escritor, a temática é de dar água na boca – ou seja, nada menos que comida. Com bom humor, os textos são recheados de ótimas dicas para os amantes do gourmet, de fondue e restaurantes finos com vinhos, e também aos amantes do adorável pastel e da carismática pizza nossa de cada dia.
O escritor é especialista no assunto e te leva para conhecer vários “lugarzinhos”. Ele adora carnes mal passadas, arroz com ovo e declara seu amor por sopas, confessando que sua parte preferida de receitas culinárias é aquela que aparece depois do “leve à mesa”, conforme nos conta na crônica “Receitas”.
Vale a pena conferir as memórias gustativas e aventuras gastronômicas do autor que já se rebelou contra a salsinha e que nos diz que só entende de “comida da boca para dentro.”
Colecione essas saborosas crônicas, assim como ele colecionava botecos.
#Márioindica Caderno de um ausente, de João Anzanello Carrascoza
Caderno de um ausente, narrado em primeira pessoa, conta a história de João que se torna pai pela segunda vez aos cinquenta anos, de uma menina com nome Bia.
Por meio de uma escrita poética, o autor leva o leitor, com afeto e harmonia, à reflexão sobre as questões da paternidade e todas as dores e delícias que fazem parte dessa jornada, de modo que acompanhamos suas preocupações e anseios por ensinar, viver e amar a filha, ao mesmo tempo que sabemos um pouco mais sobre a mãe de Bia e outros familiares. O livro, através de memórias e um presente latente, emociona, de modo que é impossível terminá-lo sem sentir nada.
“E já que aqui estamos Bia, vamos viver juntos o teu período de levezas, pois então eu poderei inflar em teu juízo o ar das brincadeiras, e te colocar sobre meus ombros, para que tenhas, como toda criança, a ilusão de que alcançarás com as tuas mãos as estrelas, vamos viver essa era que dói pela brevidade e pelo encanto das coisas simples...” (CARRASCOZA, 2017, p. 49)