Dia do Bibliotecário: Bibliotecas municipais garantem acessibilidade para as pessoas com deficiência

Os equipamentos públicos contam com óculos que transformam textos em áudio, profissionais capacitados, acessibilidade arquitetônica nos espaços e acervo de livros em Braille

 Notícia de 11/3/2021 replicada do site da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED)

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) e da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), tem trabalhado ativamente para tornar a cidade de São Paulo cada vez mais inclusiva. Nesta sexta-feira, 12, é comemorado o Dia do Bibliotecário, profissional cuja importância vai muito além de apenas manter uma biblioteca em ordem.

O acesso a cultura, assim como ao esporte e demais atividades, promovem a inclusão social e fazem com a que as pessoas com deficiência consigam conquistar a cidadania plena.

Nos últimos anos, SMPED e a SMC firmaram uma parceria para garantir que os equipamentos públicos culturais sejam mais acessíveis. Entre os espaços, as bibliotecas municipais já estão sendo contempladas nesta gestão e fazem parte das ações de inclusão.

A Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB), ao longo das últimas décadas, tem trabalhado com as questões de acessibilidade em suas bibliotecas públicas, com o objetivo de atender e incluir o maior número de pessoas em seus espaços. Especificamente, o diagnóstico de acessibilidade das bibliotecas da CSMB, documento que é produzido desde 2015, procura sistematizar e mapear ações voltadas a esses fins, para que cada vez mais se conheça o nível de acessibilidade das bibliotecas. Este diagnóstico tem como foco o retrato da realidade das 54 bibliotecas sob a gestão direta da CSMB, sendo compromisso desta coordenação elevar os índices de acessibilidade em suas bibliotecas.

Em 2018, a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) adquiriu 54 óculos que possuem acoplados uma pequena câmera inteligente, que escaneia e lê os mais variados tipos de textos, códigos de barras, cores, entre outros. A iniciativa fez parte do programa Biblioteca Viva, 2017 a 2020, com o objetivo de incentivar a leitura. Com o aparelho, as pessoas com deficiência visual podem buscar nas próprias estantes das bibliotecas o livro que desejarem. Desenvolvido pela “Mais Autonomia Tecnologia Assistiva”, o equipamento pode ser aplicado não só em livros, mas também jornais, revistas, placas de rua, cardápios de restaurantes, nomes de lojas, mensagens do celular, placas de sinalização e folhetos. Com o dispositivo, o acervo das bibliotecas tornou-se completamente acessível, garantindo autonomia e liberdade à pessoa com deficiência. Foram disponibilizados 68 Óculos Scanner para pessoas com deficiência visual (OrCam MyEye) em todas as bibliotecas municipais e em seis unidades dos CEUs.

Além dos óculos scanners, as bibliotecas possuem acervo de livro falado e livros em Braille para consulta e empréstimo, inclusive por meio de remessa postal sem custo. Os livros em Braille foram recebidos por meio de convênio entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Dorina Nowill. É possível fazer a busca dos títulos, acessando o catálogo online do Sistema Municipal de Bibliotecas em: www.bibliotecas.sp.gov.br e no link “Pesquisa no Acervo”, selecionar a palavra e na opção “assunto” digitar os livros para cegos, livros falados ou audiolivros, conforme o interesse.

Mais autonomia e inclusão

As bibliotecas também contam com a tecnologia assistiva dos scanners acessíveis em algumas unidades e ainda oferecem treinamentos para os funcionários, parceria firmada entre a SMPED, Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Fundo de Interesse Difusos (FID) da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, com apoio da Prefeitura de São Paulo. Os sites das bibliotecas também garantem a acessibilidade comunicacional. O Sistema Municipal de Biblioteca promove o acesso às suas homepages para pessoas cegas, ou com baixa visão, por meio do recurso de audiodescrição, e para pessoas com deficiência auditiva, por meio do recurso de tradução automática de texto e voz para a Língua Brasileira de Sinais, uma parceria com o aplicativo Hand Talk que conta com um intérprete 3D.

Acessibilidade Arquitetônica

Reformas para garantir a acessibilidade arquitetônica são administradas pela Supervisão de Engenharia e Arquitetura da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Das Bibliotecas Públicas da CSMB, 52% têm acessibilidade arquitetônica para pessoas com deficiência física, no que diz respeito a banheiros adaptados e rampas de acesso ou plataforma.

Os balcões de atendimento ao usuário estão entre os itens que estão sendo confeccionados com o objetivo de serem acessíveis nas bibliotecas. Neles, a altura é adequada para que a aproximação frontal ao balcão permita uma interação melhor entre o funcionário e o usuário.

O Núcleo de Serviços de Extensão em Leitura tem se preocupado cada vez mais com acessibilidade, por isto o serviço Ônibus da Cultura, biblioteca móvel que percorre dozes roteiros na cidade, possui plataforma elevatória. Para conhecer os roteiros acesse: http://bit.ly/2MqExQI. Para conhecer as bibliotecas de bairro da SMC que são acessíveis, acesse: Diagnóstico das condições de acessibilidade nas bibliotecas públicas da CSMB. Também são acessíveis, as bibliotecas do Centro Cultural São Paulo e Mário de Andrade).

Outra novidade, devido à pandemia mundial, as Bibliotecas municipais contam com programação mensal com libras.

Para conferir as atrações, todas online, acesse:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/noticias/index.php?p=29295.

sobre uma mesa e um livro aberto o óculos OrCam MyEye.

mais de dez pessoas na foto, na Biblioteca do Centro Cultural de São Paulo. Luise Gonçalves, que tem deficiência visual, usa o óculos.