Dicas de Leitura - Ray Bradbury

As Dicas de Leitura de agosto homenageiam o autor Ray Bradbury pelo seu centenário de nascimento.

Em 22 de agosto comemoramos o centenário do nascimento do escritor e roteirista norte-americano Ray Bradbury, falecido em 6 de junho de 2012. É um dos mais celebrados escritores dos séculos XX e XXI, tendo escrito em uma variada gama de gêneros como ficção-científica, horror e fantasia.Vários de seus trabalhos foram adaptados para a televisão, cinema e em quadrinhos. O acervo das bibliotecas do SMB possuem diversas obras do autor, bem como suas adaptações de “graphic novels” (romance gráfico, quadrinhos) autorizadas.

Capas dos livros das Dicas de Leitura de agosto -  centenário de Ray Bradbury

A árvore do Halloween - Ray Bradbury
Na noite do dia 31 de outubro, em uma pequena cidade dos Estados Unidos, oito garotos vestem suas fantasias e saem às ruas em busca de “Gostosuras ou Travessuras”. Ao perceberem o desaparecimento de um nono integrante, o grupo decide explorar a casa mal-assombrada do outro lado da imensa ravina. Nos fundos da propriedade, eles descobrem uma gigantesca e magnífica árvore, repleta de abóboras de diferentes tons, formas e tamanhos. Em cada uma delas, há um rosto talhado. Eles nem imaginam o que estão prestes a conhecer. A trama, por meio de metáforas e personagens históricos, dá uma aula a respeito desta data tão comemorada ao redor do planeta. Os jovens, na perseguição pelo amigo desaparecido, viajam pelo tempo, passando pelo Egito Antigo, pela Grécia dos filósofos, e pela Paris medieval, aprendendo as origens do Halloween, bem como o porquê do terror, das mortes e das assombrações associados a ele.

A cidade inteira dorme e outros contos - Ray Bradbury
A coletânea reúne treze contos que oscilam entre o terror psicológico, as alegorias mágicas e a invenção de mundos alternativos – às vezes fundindo-os num único relato, mas sempre fazendo com que a imaginação seja um elemento inerente à realidade. A prosa de Bradbury, as viagens espaciais e os habitantes de outros planetas foram incorporados à paisagem natural, neutralizando o efeito espetacular que poderíamos esperar das revoluções tecnológicas. Daí a ironia da cena em que um padre e um rabino discutem sobre a vinda do Messias num mundo que convive com marcianos, ou do conto em que uma velhinha deseja ver Deus de perto e é ludibriada por um agente de turismo que lhe vende bilhete para um foguete enguiçado. Nas cenas futuristas de Bradbury, as terras alienígenas estão impregnadas pelo tédio das cidadezinhas do meio-oeste norte-americano e já apresentam aquele convívio entre modernidade e decadência que caracteriza as metrópoles contemporâneas. Não é do porvir, portanto, que Bradbury faz derivar o caráter perturbador de sua literatura, mas de uma percepção do sinistro, do demoníaco, que paira sobre suas personagens como uma sensação de catástrofe iminente. É assim que ele deixa ausentes, em vários contos, elementos “clássicos” da ficção científica, mas os substitui por alucinações e desejos obsessivos que se introduzem no cotidiano.

As crônicas marcianas - Bradbury, Ray
Publicadas originalmente em revistas de pulp fiction, no final dos anos 1950, nos Estados Unidos, As crônicas marcianas foram reunidas num livro por seu autor, no início dos anos 1960, e interligadas por pequenas costuras narrativas. As crônicas acabaram formando emocionante panorama imaginário da chegada do homem a Marte e da colonização do planeta pela espécie humana. Livro que pode ser visto como um romance fragmentado ou uma seqüência conceitual de contos.

As crônicas marcianas - a graphic novel autorizada por Ray Bradbury e ilustrada por Dennis Calero
Nas 26 narrativas desta obra, ambientadas num período entre 1999 e 2026, o autor se depara com o cotidiano de um planeta estranho e com o choque cultural entre terráqueos e marcianos. Não há pistolas laser, discos voadores e homens verdes com anteninhas na cabeça. O olhar de Bradbury foca em donas de casa marcianas que bebem 'fogo elétrico', colonizadores terráqueos que recebem comida congelada de 'icebergs voadores' e um jardineiro que planta árvores em Marte, para inundar de oxigênio a atmosfera rarefeita.

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
Guy Montag é um bombeiro. Sua profissão é atear fogo nos livros. Em um mundo onde as pessoas vivem em função das telas e a literatura está ameaçada de extinção, os livros são objetos proibidos, e seus portadores são considerados criminosos. Montag nunca questionou seu trabalho; vive uma vida comum, cumpre o expediente e retorna ao final do dia para sua esposa e para a rotina do lar. Até que conhece Clarisse, uma jovem de comportamento suspeito, cheia de imaginação e boas histórias. Quando sua esposa entra em colapso mental e Clarisse desaparece, a vida de Montag não poderá mais ser a mesma.
Um clássico da ficção científica e da literatura distópica, Fahrenheit 451 foi escrito originalmente como um conto: "O bombeiro", contido no volume Prazer em Queimar: histórias de Fahrenheit 451. Incentivado pelo seu editor, transformou a ideia inicial em um romance, que se tornou um dos livros mais influentes de sua geração – e também um dos mais censurados e banidos de todos os tempos. Foi adaptado para o cinema duas vezes, a primeira pelas mãos do lendário cineasta francês François Truffaut, e depois para diversos formatos.

Fahrenheit 451 : a graphic novel  autorizada por Ray Bradbury e ilustrada por Tim Hamilton
Ao lado de Admirável Mundo Novo e 1984, Fahrenheit 451 é uma das maiores obras-primas de ficção-científica de todos os tempos. O título refere-se à temperatura em que os livros queimam – 451 graus Fahrenheit ou 233 graus Celsius. Em uma sociedade futura distópica em que ter opinião própria é considerado uma conduta criminosa, todos os livros são proibidos. E a função dos bombeiros não é apagar incêndios, mas sim destruir pilhas e pilhas de literatura para que a sociedade viva sem conflitos. Nessa brilhante adaptação para graphic novel, Tim Hamilton teve o aval de Ray Bradbury na introdução, que diz: “O que você tem diante de si agora é mais um rejuvenescimento de um livro que já foi um curto romance, que já foi um conto, que já foi uma caminhada ao redor do quarteirão, um levante do túmulo e uma queda final da casa de Usher. Meu subconsciente é mais complicado do que eu imaginava. Aprendi com os anos a deixá-lo correr sem limites e me oferecer suas ideias assim que surgiam, sem dar preferência e sem tratamento especial. Quando chega a hora certa, de algum jeito elas se juntam e entram em erupção, jorrando de meu subconsciente e se derramando nas páginas. No caso da versão final de Fahrenheit 451, ilustrada aqui, eu trouxe todos os meus personagens ao palco outra vez e os repassei pela máquina de escrever, deixando meus dedos contarem as histórias e desenterrarem os fantasmas de outras histórias e outros tempos.”

Os frutos dourados do Sol - Ray Bradbury
Coletânea com 22 contos fascinantes, muitos deles que ficaram mais conhecidos por publicações posteriores em outras coletâneas: A Sirene do Nevoeiro, O pedestre, A bruxa de abril, Pioneiros, As frutas do fundo da fruteira, O menino invisível, Máquina de voar, O assassino, O papagaio de papel dourado, o vento prateado, Até nunca mais ver, O bordado, O grande jogo entre brancos e negros, Um som de trovão, O vasto mundo lá fora, Casa de força, En la noche, Sol e sombra, A pastagem, O lixeiro, O grande incêndio, O eterno adeus, e Os frutos dourados do sol.

Licor de dente-de-leão - Ray Bradbury
Nesta obra o autor usa suas próprias experiências de infância e sua cidade natal como pano de fundo narrativo. Para a maioria das pessoas pode ser óbvio, mas será que elas já se perguntaram se estão realmente vivas? Essa questão é o ponto de partida do romance e o momento que marcou o início do verão de 1928 na vida do protagonista Douglas Spaulding, de doze anos. Na cidadezinha de Green Town, no interior dos Estados Unidos, alguns personagens extraordinários se unem nesse verão tão especial na vida de Douglas: o inventor que redescobriu os prazeres da vida ao construir a Máquina da Felicidade; o jovem repórter que se apaixonou por uma idosa de 95 anos; o contador de histórias que conseguiu falar com o passado telefonando para um lugar distante. Bradbury mostra sua genialidade na melhor forma. As descrições ao longo das páginas são perfeitas e formam, na cabeça do leitor, a ideia exata do que ele quer contar.

O país de outubro - Ray Bradbury
Em O País de Outubro reuniu Ray Bradbury dezenove histórias escolhidas (e em parte reescritas) dentre as que havia publicado anteriormente, algumas delas já consagradas como verdadeiras obras-primas do gênero, reproduzidas em revistas e antologias dentro e fora dos Estados Unidos. Os 19 contos que compõem o livro são: O anão, O próximo da fila, A ficha de pôquer atenta de H. Matisse, O esqueleto, A jarra, O lago, O emissário, Possuída pelo fogo, O pequeno assassino, A multidão, A caixinha de surpresa, A segadeira, Tio Einar, O vento, O homem do segundo andar, Havia uma velha senhora, A cisterna, Festa de família, A morte maravilhosa de Dudley Stone.

O Zen e a arte da escrita - Ray Bradbury
Neste livro exuberante, o incomparável Ray Bradbury compartilha sua sabedoria, experiência e estímulo de uma vida de escritor. Aqui estão dicas sobre a arte da escrita dadas por um mestre do ofício. Um livro que reúne tudo, desde encontrar ideias originais até desenvolver a própria voz e o estilo, bem como leituras, impressões da infância e os bastidores da notável carreira de Bradbury como um autor fecundo de romances, contos, poemas, roteiros de filmes e peças de teatro. O Zen e a arte da escrita é mais do que um simples manual para o aspirante a escritor, é uma celebração do ato da escrita, que vai encantar, exaltar e inspirar o escritor em você.


Informações de Ray Bradbury na Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ray_Bradbury

Crédito da fotografia de Ray Bradbury:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ray_Bradbury_(1975)_-cropped-.jpg
Photo of Ray Bradbury - agosto de 1975 - Atribuição: photo by Alan Light

Veja aqui as Dicas de Leitura - Livros banidos (que inclui Fahrenheit 451) e outras Dicas de Leitura.

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Observação:  Devido a paralização de publicações no portal da prefeitura durante o periodo de eleições municipais, as Dicas de Leitura de agosto foram publicadas somente em dezembro de 2020.