Projeto Novos Modernistas Vozes Periféricas

Encontros de debates literários nas bibliotecas de bairro: Roda de bate papo com Pretas Peri, Literatura e processos identitários, Poesia falada e empoderamento dx jovem negrx, Descolonizando a literatura, Mulheres Negras: Escrita e Emancipação, Narrativas poéticas para Liberdade, Poesia da Diáspora, RAP e Literatura e Intersecções literárias.

Vozes Periféricas

O projeto Vozes Periféricas é um circuito de debates literários que demonstram a variedade da produção literária nas periferias.  Nestes encontros são realizados conversas com escritores da acadêmica, poetas, romancistas e cronistas que trazem em seus textos as perspectivas e abordagens de narrativas potentes e decoloniais. A produção a qual esses autores estão relacionados é o que os une e que possibilita a diversidade de saberes a que se dedica essa intervenção.

Roda de bate papo com: Pretas Peri
Autora: Jô Freitas; Autora: Tayla Fernandes; Autora: Juliana Jesus; Mediação:Doug
Sarau Pretas Peri é um coletivo de mulheres negras e artistas da zona Leste de são Paulo, que realizam o sarau com resgate da cultura periférica e empoderamento da mulher. Nesta participação no debate literário nas bibliotecas as integrantes do coletivo compartilharão suas experiências e caminhadas ao longo destes anos e como elas veem no dia a dia a importância de manter nesses espaços o resgate a ancestralidade enquanto política de reafirmação e quais os reflexos já vivenciados desde que iniciaram.
Dia 6 de novembro às 14h - Biblioteca Jayme Cortez
Dia 7 de novembro às 10h - Biblioteca Jamil Almansur Haddad

Literatura e processos identitários
Autora: Glaucy; Autora: Aline Anaya; Mediação: Kjé
“Mas que nega linda, e de olho verde ainda”... Com tantos estereótipos a serem ofertados no que diz respeito aos corpos das mulheres negras, como se reafirmar e se encontrar em uma literatura que abarque e liberte? Esse é o debate proposto pelas autoras e poetas Glaucy e Anaya.
Dia 8 de novembro às 14h - Biblioteca Vicente de Carvalho

Poesia falada e empoderamento dx jovem negrx
Autor: Martina; Autora: Beka; Mediação: Gil Douglas.
A idéia é discutir em torno de como a poesia falada promoveu o empoderamento do jovem negro, uma vez que todas as métricas, moldes e formas apresentados como poesia na escola, não abarcava sua cor de pele, seus traços e também angústias.
A poesia falada transforma os espaços que permanecem marginalizados pelo poder público, mas uma vez apropriados e ressignificados pelos movimentos de slams e saraus tornam-se grandes espaços de poder. Um poder que pode parecer simples, afinal, esse poder é o do reconhecimento de si com seus pares.
Através de suas experiências, os convidados trarão seus olhares e compartilharão desse universo que é a poesia falada e vivida do cotidiano nas periferias.
Dia 13 de novembro às 10h - Biblioteca Adelpha Figueiredo

Descolonizando a literatura
Autor: Cleyton Mendes; Autor: Jô Freitas; Mediação: Andrio Cândido
Descolonizar verbo
1. 1.transitivo direto
tirar o caráter de colônia a.
2. 2.transitivo direto e pronominal
fazer perder ou perder os colonos; despovoar(-se).
A poesia de Alberto de Oliveira é estudada nas escolas, por vezes cobrada em vestibulares e sabemos que o autor escrevia sobre vasos, lembrando que toda literatura tem o seu valor, a questão que fica é porque a literatura que produz realidade e desconstrução em contraponto a um paradigma imposto desde o século XIV quando se acredita ter iniciado a literatura, já que em África a literatura já estava presentes nos anos A.C., não tem espaço?
Quem produz literatura em massa, produz pra quê? por quê? e pra que?
Por que Conceição Evaristo não entrou na Academia Brasileira de letras e sim um homem branco que aborda a negritude a partir de seu olhar e lugar de colonizador?
A literatura da qual essa roda de debate tem como ideia instigar, nasceu com Cuti, Abdias do Nascimento, Raquel Trindade, Carolina Maria de Jesus e tantos outros que morreram e ainda vivem às sombras.
Dia 13 de novembro às 14h - Biblioteca Paulo Duarte

Mulheres Negras: Escrita e Emancipação
Autora: Aline Anaya; Autora: Patrícia Meira; Mediadora: Carol D’Oliveira
A escrita aqui é o foco principal, afinal como escrever pode emancipar alguém? Como pode a representatividade na literatura empoderar alguém? Nessa mesa, as autoras trazem a luz suas trajetórias, histórias e processos de escrevências diante de suas condições enquanto mulheres negras e em como acontece esse processo potente, emancipatório e fortalecedor.
Dia 19 de novembro às 14h - Biblioteca Padre José de Anchieta

Narrativas poéticas para Liberdade
Autora: Juliana Jesus; Autora: Gih Trajano; Mediação:Gil Douglas
A poesia aqui se apresenta como uma maneira de emprestar sua forma aqueles que no cotidiano tiveram sua liberdade abreviada, mas que através da escrita encontraram lugares, vozes, formas de se expressarem e compartilharem suas vivências dentro e fora do Sistema Penitenciário.
Dia 22 de novembro às 14h30 - Biblioteca Affonso Taunay

Poesia da Diáspora
Autora: Bianca Chioma; Autora: Thata Alves; Mediadora: Deusa Poetisa
A poesia da diáspora é aquela que continua dando tom a um legado composto por milhares de povos, milhares de culturas. Fala de África e das tradições de resistência que se mantiveram viva e estão presentes ainda hoje. Viva as LOAS, as Chulas, aos Pontos, aos Cantos, aos Repentes e a Poesia Marginal!
Dia 23 de novembro às 15h - Biblioteca José Mauro Vasconcelos

RAP e Literatura
Autora: Dory de Oliveira; Autor: Gabi Nyagai; Mediação: Vinão AloBrasil
“Toda canção de rap é um poema esperando para ser apresentado”. Com os devidos créditos ao crítico literário americano Adam Brandley, essa é uma frase a ser debatida, pois são a partir de questões como essa que conduzirão esse encontro.
Nessa mesa o intuito é promover a reflexão, convocar nossos convidados a compartilhar de suas vivências, ponto de vistas, sobre como o RAP e a literatura são um só nas periferias e como se dão os processos de resistência dessa literatura que não chega nas estantes.
Dia 26 de novembro às 19h - Biblioteca José Paulo Paes

Intersecções literárias
Autorx: Gabriel Sanpêra; Autora: Ingrid Martins; Mediação: Uma Pessoa
Nessa mesa a temática central são as relações de gênero e sexualidade envolvendo a negritude. Kimberle Crenshaw, mulher negra, quem desenvolveu a teoria da interseccionalidade, discute como são difíceis os caminhos de quem carrega sobre si diversas opressões, a proposta dessa mesa é refletir sobre os reflexos que essas intersecções tem na vida desses autores, como são as devolutivas que recebem das produtoras, editoras e público.
A partir desse diálogo os poetas nos convidam a refletir sobre nossos papéis enquanto sociedade, trazendo um pouco de seus percursos.
Dia 29 de novembro às 14h - Biblioteca Jovina Rocha Álvares Pessoa