Prorrogada a exposição Memória da Amnésia até o dia 2 de abril de 2016


12 de dezembro de 2015 a 2 de abril de 2016 | Arquivo Histórico de São Paulo |
 
Memória da Amnésia, uma intervenção urbana da curadora Giselle Beiguelman, artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, apresenta um olhar atento e crítico às obras de arte que foram removidas de seus locais de implantação e alocadas em um depósito.
 
A exposição, inaugurada dia 12 de dezembro, no Arquivo Histórico de São Paulo, aborda esse peculiar nomadismo por meio de alguns itens como os fragmentos do Monumento a Olavo Bilac, conjunto implantado em 1922 na Rua Minas Gerais, que foi disperso pela cidade e chegou a ser alvo de protestos. As peças remanescentes foram recolhidas e voltam a ser expostas nesta oportunidade.
 
As lagostas de bronze da Fonte Monumental, hoje substituídas por peças de resina na obra original localizada na Praça Júlio de Mesquita, região central, também voltarão a ser expostas e pautam o debate em torno do vandalismo de obras de arte em áreas públicas. Atualmente, a fonte restaurada exibe réplicas das lagostas em resina enquanto as originais estão armazenadas em um depósito municipal.
 
Todas as obras expostas tem seu roteiro de implantação e histórico contados detalhadamente.

Memória da Amnésia busca compreender como as políticas culturais e de patrimônio histórico definem o que são obras de arte pública e estabelecem suas relações com a memória urbana. O projeto aborda a memória pelo prisma do esquecimento, focalizando a mudança de monumentos de lugar e o “desterro” de monumentos em depósitos, duas questões recorrentes da história urbana de São Paulo.

A exposição, fruto de um ano de pesquisa, é resultado de uma intervenção urbana inédita que envolveu a higienização e o transporte de estátuas do depósito da Secretaria Municipal de Cultura no Canindé para o Arquivo Histórico de São Paulo e um mapeamento dos mais de 60 monumentos nômades de São Paulo.