CGM participa de encontro sobre dados abertos com conselheiros eleitos da Sé

Reuniões com os conselheiros das outras subprefeituras também serão realizadas

Com o objetivo de apresentar a política sobre dados abertos adotada pela atual administração e aprimorar o conteúdo das informações disponibilizadas à população paulistana, a Controladoria Geral do Município (CGM) participou, nessa quarta-feira (18), da “São Paulo Aberta – SubSé”. O evento, realizado na sede da Ação Educativa, reuniu os conselheiros eleitos da subprefeitura da Sé, região que engloba oito distritos e cerca de 431 mil habitantes. A intenção da CGM é que encontros semelhantes sejam realizados em 2014 com os subprefeitos e conselheiros das outras regiões da cidade.

“Entendemos que a transparência ativa, a participação social, a inovação tecnológica e a promoção da integridade são eixos que também precisam nortear as ações das subprefeituras. Este encontro é um chamado para um trabalho conjunto. Nossa intenção é romper com o velho formato de discursantes e ouvintes. Queremos possibilitar que vocês nos auxiliem a solucionar os problemas existentes nesta região em que atuarão” comentou a coordenadora adjunta de Promoção da Integridade, Fernanda Campagnucci.

O “São Paulo Aberta – SubSé” foi realizado em parceria com as Secretarias Municipais de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), de Relações Internacionais e Federativas (SMRIF) e Planejamento, Orçamento e Gestão (Sempla).

Presente ao evento, o subprefeito interino da Sé, Maurício de Góis Dantas, deu as boas-vindas aos conselheiros eleitos. Dantas também ressaltou a importância de cada um para que o órgão promova as melhorias solicitadas pela população local.

“A subprefeitura é a porta de entrada do cidadão para os serviços públicos. E precisamos fazer a máquina funcionar com eficiência. Para isso, queremos ouvir vocês. Esperamos que as reuniões do conselho não sejam apenas momentos de cobranças, mas de soluções para os problemas que nossa região possui”, afirmou.

Dantas apresentou a estrutura da Subprefeitura da Sé e expôs algumas de suas características, cujo orçamento anual é de R$ 63 milhões. Segundo ele, a região se diferencia das demais por possuir uma área por onde transitam diariamente 3,5 milhões de pessoas.

“Por fazer parte da área central da cidade, esta região é frequentada por pessoas que não são moradoras. Isso também nos faz receber demandas de todas as outras regiões. São Paulo é uma cidade repleta de riquezas e problemas, e quem se prontifica a participar ativamente da vida pública só pode receber nossos parabéns”, explicou o subprefeito. “Nossa intenção é abrir o planejamento de ações para que vocês participem conosco das tomadas de decisão”, completou.

O evento contou ainda com um painel de experiências, com a participação da gestora cultural e membro do coletivo Ocupe e Abrace, Flávia Lemos, e do coordenador de Promoção do Direito à Cidade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), William Nozaki. Flávia apresentou ao público a experiência do projeto que revitalizou a Praça da Nascente, e Nozaki expôs os projetos desenvolvidos pela SMDHC para fomentar a participação social, o que, segundo ele, é etapa fundamental para se obter a “ressignificação do espaço público”.

No período da tarde, ainda foi promovida uma edição do Café Hacker, sobre os dados disponíveis para o controle social na Subprefeitura da Sé, quando se apresentou os dados disponíveis, os locais onde buscar informações e quais as principais necessidades dos participantes. O Café Hacker contou com a presença do assessor da Subprefeitura, Adriano Reis. “Trabalhamos em uma área de muitas riquezas e com uma população flutuante de extrema vulnerabilidade. Temos inúmeros desafios pela frente”, avaliou.

Entre as sugestões deixadas pelo público estiveram transformar as planilhas de dados em gráficos de acesso e entendimento mais fácil ao cidadão comum, mais informações sobre as empresas e contratos firmados pela Subprefeitura, acompanhamento do trabalho diário dos fiscais, apresentação dos dados do orçamento que incidam diretamente na subprefeitura e que haja um levantamento sobre a quantidade de edifícios abandonados na região.

O evento foi concluído com um “Café Com Propostas”, outro projeto criado pela CGM. Os temas debatidos pelos grupos de discussão foram “Como articular as instâncias de participação no território?” e “Como as instâncias dialogam com a administração municipal?”.

A Controladoria Geral do Município transmitiu a cobertura do evento em tempo real pela Internet e também disponibilizará, em breve, o vídeo para a população. Todas as propostas, assim como a devolutiva das questões levantadas pelo público presente, deverão ser publicadas em janeiro no site do projeto Café Hacker.