A região central de Pinheiros começou a passar por uma revitalização que poderá atrair de novo a população para usufruir uma área tradicional, que nos últimos anos sofreu degradação. Trata-se do largo da Batata, que, em razão de obras conjuntas nas vias Faria Lima, Cardeal Arcoverde e outras ruas no entorno, poderá ser novamente uma região de convívio, com potencial de investimentos imobiliários e empresariais renovado.

A reurbanização do largo da Batata e de seus arredores estava prevista na Operação Faria Lima, iniciada em 1995. No entanto, as obras do largo só começaram após um concurso nacional para escolha de projetos de revitalização, vencido pelo arquiteto Tito Lívio – posteriormente contratado pela Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) para trabalhar no desenvolvimento da idéia. Depois do processo de licitação, os serviços efetivamente começaram no início de 2008.

A alteração de maior porte será a retirada do terminal de ônibus que congestionou e degradou o entorno do largo da Batata e sua transferência para as proximidades da rua Capri, onde também está sendo construída a Linha 4 do Metrô, a cerca de 700 metros de distância do largo.

A mudança vai integrar o terminal ao sistema metroviário e ao terminal da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM), que já atende aquela região. No lugar do terminal de ônibus será construída uma praça de lazer, com dimensões entre 6 mil m² e 7 mil m², que ganhará árvores, novos pisos e a possibilidade de abrigar atividades culturais, feiras e outros eventos. Essas intervenções serão acompanhadas pela interdição de um trecho da rua Cardeal Arcoverde, para que ela não cruze a avenida Faria Lima. A intenção é evitar que os ônibus que descem atualmente pela Cardeal continuem a desembocar na área do largo da Batata.

Em substituição ao tráfego nesta região da Cardeal Arcoverde, será adotada nova ligação para veículos por meio das ruas Baltazar Carrasco e Sumidouro, que chegará até o novo terminal.

A revitalização não pára aí. “Para complementar, serão implantados dois calçadões nas ruas Guaicuí e Martim Carrasco. Esses dois calçadões compõem o novo espaço público da praça no largo da Batata”, explica o arquiteto da Emurb Vladir Bartalini.

Há outras intervenções de menor porte, como reformas das ruas Paes Leme e Padre de Carvalho, onde estão sendo realizados tratamento de piso, paisagismo e iluminação, a fim de dar unidade a todo o projeto de revitalização. “Entendemos que, ao fazer a revitalização, propiciaremos o convívio na região e a atração de novos investimentos privados”, raciocina Bartalini.

O ritmo das obras é compatível com as intervenções do Metrô, já que tanto no largo da Batata quanto na rua Capri haverá novas estações de passageiros para o sistema metroviário. Por isso, tanto a transferência do terminal de ônibus como a implantação da praça dependem da finalização das intervenções subterrâneas do Metrô. Os serviços da Emurb tiveram início pelas ruas Paes Leme e Padre de Carvalho e se estenderão pela Cardeal Arcoverde, já que esses trechos não possuem ligação com as obras do Metrô.