PREFEITURA DE SÃO PAULO

Maternidade de Vila Nova Cachoeirinha adota método contraceptivo inovador

O Hospital Municipal Maternidade- Escola de Vila Nova Cachoeirinha vem realizando nas mulheres acompanhadas pelo Ambulatório de Planejamento Familiar que não desejam mais engravidar o método mais avançado de laqueadura tubária no Brasil. O hospital é o primeiro da rede pública da cidade de São Paulo a oferecer a técnica que não requer cortes.

23/04/2012 10h28

O Hospital Municipal Maternidade- Escola de Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte, vem realizando nas mulheres acompanhadas pelo Ambulatório de Planejamento Familiar que não desejam mais engravidar o método mais avançado de laqueadura tubária no Brasil. O hospital é o primeiro da rede pública da cidade de São Paulo a oferecer a técnica que não requer cortes, utilizada apenas há alguns anos nos Estados Unidos e na Europa.


O procedimento consiste na inserção de um microespiral sintético e expansível nas tubas uterinas, provocando reação no local do implante, com conseguinte obstrução. “Além de ser um procedimento ambulatorial rápido e seguro, ele traz várias outras vantagens, principalmente para as pacientes”, afirma o doutor Kleber Carrapatoso Nascimento, médico do Serviço de Endoscopia Ginecológica do Cachoeirinha e coordenador da ação.


Mais vantagens


Iniciado na rede municipal em setembro do ano passado, o moderno método proporciona importantes vantagens às pacientes. Sem incisões abdominais, ele tem reduzida taxa de complicações previstas em procedimentos cirúrgicos e anestésicos, rápida reintegração ao trabalho e significativa redução dos gastos com internação e medicamentos. A inovação já beneficiou 130 paulistanas.


“A colocação do microimplante é rápida e realizada sem a necessidade de anestesia ou incisões, permitindo à paciente voltar às suas atividades normais no mesmo dia”, enfatiza o coordenador do Sistema Municipal de Atenção às Urgências e Emergências da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), doutor Domingos Costa Hernandez Júnior. “Outro ponto a favor desse método é que ele não tem contraindicações, principalmente para as mulheres consideradas com saúde de alto risco”.


Hernandez ressalta também que o companheiro pode permanecer ao lado da paciente durante o procedimento. Destaca que, com esse método, não há necessidade de utilização de leito, o que reflete positivamente no gerenciamento de vagas, que podem ser utilizadas em casos que de fato necessitem de internação. Além do Cachoeirinha, o Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio (Hospital do Tatuapé) já está capacitado a executar esse procedimento, que deverá ser expandido para toda a rede municipal.


Mulheres que já foram submetidas ao procedimento na capital aprovaram o novo método, principalmente pela rapidez e ausência de riscos relacionados a incisões e anestésicos existentes nas laqueaduras tradicionais.


“O procedimento durou somente 10 minutos e eu não senti nenhuma dor”, conta Tatiane Andréia Silva Magali, 30 anos. A dona de casa, mãe de quatro crianças, conta que optou pelo método devido à rápida recuperação. “Tenho um bebê de cinco meses e não poderia ficar internada, porque tenho que amamentar”, explica. Ela realizou o procedimento neste mês no Hospital Municipal Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha. “É bem simples, no mesmo dia saí andando e continuei com minhas atividades normais”, conta a paciente.