Mitos e Verdades sobre a Reciclagem

Processo se consolida como elemento vital na busca pela redução do lixo e pelo consequente reaproveitamento de materiais

Ainda que reciclar seja, em termos financeiros e de sustentabilidade, mais viável do que estabelecer uma cadeia produtiva com recursos exclusivamente novos, a transformação de resíduos implica em custo e exige a inclusão de novas matérias-primas e energia, para que se chegue ao resulado final, que é um novo produto.

O processo de reciclagem está atrelado a diversos fatores, como a complexidade de separação dos materiais que compõem determinado produto, o nível de tempo e investimento para que o processo aconteça e a sua rentabilidade no final da cadeia, isto é, por qual valor o material será comercializado.

O principal mito acerca da reciclagem está na obrigatoriedade de separar os materiais recicláveis em categorias, divididas em plástico, papel, metal e vidro. Sob esta dúvida, algumas pessoas optam por não realizar a separação e enviam quantidades valiosas de materiais para a coleta domiciliar, encerrando o ciclo desse lixo em um aterro sanitário para decomposição. De novo, além de aumentar a quantidade de rejeito nos aterros, também se perde a possível matéria-prima que este lixo seria para um outro produto. 

Uma alternativa prática que pode ser utilizada pelo cidadão é a separação dos resíduos gerados em apenas dois tipos: rejeitos (lixo orgânico, restos de comida) e material reciclável.

Assim, após a coleta, o material reaproveitável segue para uma das Centrais Mecanizadas de Triagem ou uma das 24 cooperativas conveniadas à Prefeitura.

No entanto, há alguns casos que inviabilizam a reciclagem, como materiais que são compostos por elementos químicos indissolúveis ou que não podem ser separados com facilidade, além dos processos que não são financeiramente rentáveis.

Confira abaixo algumas curiosidades sobre os materiais recicláveis:

Papel
- O papel possui maior valor quando é separado por categoria;
- O papel reciclado pode ser desenvolvido na cor branca, mas o processo exige o uso de produtos químicos;
- O papel amassado ainda pode ser reciclado, mas a prática pode influenciar na perda das fibras que compõem o material;
- O mesmo papel pode ser reciclado de 7 a 10 vezes, de acordo com preservação da sua fibra no momento do descarte;
- Itens com resíduos líquidos ou utilizados para higiene pessoal não podem ser reciclados pois perdem as fibras celulósicas utilizadas no processo de reciclagem.

Plástico
- Plásticos usados para embalar produtos químicos não são contaminados e podem ser reciclados, mas é necessário descartar o item limpo de resíduos;
- Isopor é um tipo de plástico produzido a partir do estireno, que leva este nome por ser uma marca registrada do poliestireno expandido (EPS), e pode ser reciclado;
- Embalagens plásticas usadas para abrigar alimentos colocadas no micro-ondas não liberam substâncias tóxicas capazes de causar doenças e podem ser recicladas, mas é necessário descartar o item limpo de resíduos;

Vidro 
- Cacos de vidro podem ser reciclados. Durante o processo de reciclagem, eles se tornam maleáveis e podem dar origem a novas formas de vidro, grandes ou pequenos;
- Lâmpadas comuns e telas de monitores e televisores não podem ser reciclados, pois são compostos de substâncias químicas nocivas à saúde humana e ao meio ambiente;
- Vidros com restos de lixo orgânico não podem ser reciclados, pois é necessário retirar os resíduos e a manipulação do item é prejudicada por ser composto de superfícies cortantes.

Metal 
- Metais podem ser reciclados diversas vezes;
- Itens com composição ferrosa (ferro e aço) e não-ferrosa (alumínio e cobre) podem ser reciclados por meio de processos diferenciados.