Texto: Samuel Fragoso
Imagem: Livia Vollet

Na manhã desta sexta-feira (18), a Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), inaugurou o Centro de Acolhida Especial (CAE) para Mulheres “Lar Rosana”, em Santana, na zona norte da cidade de São Paulo. Este é o segundo serviço de acolhimento para mulheres na região, o primeiro foi a Casa Florescer II, voltado ao atendimento de mulheres transexuais.

O CAE Lar Rosana tem capacidade para atender até 30 mulheres com ou sem filhos. A unidade trabalha para a construção de autonomia das mulheres acolhidas e inserção no mercado de trabalho. Para o secretário Carlos Bezerra Jr, o décimo serviço de acolhimento específico para mulheres na capital tem grande importância na rede, principalmente, quando se observa que o cenário de rua, no caso das mulheres, é ainda mais complexo.

“Em suas várias formas de enfrentamento à violência que as ruas impõem às pessoas, as mulheres, assim como as crianças e os idosos, estão em condição de maior vulnerabilidade. Oferecer e ampliar vagas de acolhida para mulheres têm sido uma das metas dessa gestão. Por isso, esse espaço na zona norte da cidade se reveste de uma importância ainda maior”, completou.

“O Lar Rosana está sendo diferenciado no acolhimento, a preocupação pelo lado humano faz diferença. Ter um bom lugar para estar com meu filho Nicolas é fundamental para o desenvolvimento dele", disse Lilian Rodrigues, 42, acolhida no Lar Rosana.

 

A OSC (Organização da Sociedade Civil) Serviços Assistenciais Senhor Bom Jesus Dos Passos, responsável pela administração do CAE, dispõe de 18 profissionais para atendimento, entre orientadores socioeducativos, assistentes sociais, psicólogos, agentes operacionais, cozinheiros, assistentes técnicos e agentes de limpeza.

O valor da verba repassada mensalmente pela Prefeitura para manutenção e operacionalização do serviço é de R$ 86.012,90. O CAE Lar Rosana está localizado à Rua Ronaldo de Carvalho, 302, em Santana.

Rede Socioassistencial

A rede socioassistencial da Prefeitura conta, atualmente, com 23 serviços de acolhimento exclusivo para mulheres, que totalizam mais de 1.480 vagas, distribuídas nas seguintes tipologias: 10 Centros de Acolhida Especial para Mulheres, com 900 vagas; seis Centros de Acolhida para Mulheres em Situação de Violência, com 120 vagas; um CAE para Mulheres Imigrantes, com 80 vagas; um Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês, com 50 vagas; três Centros de Acolhida para Mulheres Transexuais, com 90 vagas; e duas Repúblicas para Mulheres, com 40 vagas.

Em janeiro deste ano, o Censo para População em Situação de rua 2021, encomendado pela SMADS, apontou que a cidade de São Paulo tem 31.884 pessoas vivendo em situação de rua. O levantamento apontou que destas, 5.109 mulheres vivem nestas condições.

A SMADS disponibiliza a maior rede pública socioassistencial de acolhimento da América Latina, com mais de 19 mil vagas de acolhimento em serviços como Centros de Acolhida para População em Situação de Rua, Repúblicas para Adultos, Núcleos de Convivência para Adultos em Situação de Rua, dentre outros.