Serviço da Zona Leste finaliza as atividades relacionadas ao Setembro Amarelo

Atendidos de todas as idades participaram da sensibilização sobre a importância da vida

Quatro atendidos estão em frente a um mural com mãos desenhadas e pintadas por eles representando a diversidade de cada um.

Texto: Natalia Nora Marques
Fotos: Wagner Origenes

O Centro de Convivência Intergeracional (CCInter) Casa de Cultura Leide das Neves, localizado em Itaquera, realizou atividades de prevenção ao suicídio ao longo das quatro sextas-feiras de agosto. Durante a última sexta- feira (24), as atividades do projeto foram concluídas e os atendidos tiveram momentos de confraternização entre os grupos.

No decorrer do mês, as turmas foram guiadas pelos educadores em cada uma das áreas de atuação do serviço, mas com propostas semanais que buscavam trabalhar as emoções e identificar casos que precisassem de acompanhamento psicológico.

A gerente do CCInter, Solange Grecco, conta que “essa sensibilização foi muito importante para percebermos quem eram os atendidos que precisavam de ajuda e encaminharmos para a área responsável”. Durante o projeto, eles foram incentivados a refletir sobre a vida com um outro olhar e trabalharam temas como gentileza e bullying.

As temáticas foram adaptadas para as diferentes faixas etárias atendidas no local, os adultos e idosos aprenderam sobre a importância de ouvir seus filhos e se atentar para suas questões durante os diálogos. Grecco explica que “muitas vezes os pais machucam as crianças sem perceber, e essa atitude só muda com o exercício da escuta”. Já as crianças e os adolescentes foram incentivados a se abrirem e falarem como se sentiam durante a convivência do grupo, ressaltando quais são seus limites pessoais e aprendendo a respeitar os sentimentos dos colegas.

No início do mês, os atendidos montaram painéis com mensagens de respeito e união para que todos pudessem ler ao longo do projeto do setembro amarelo, uma dessas atividades foi a montagem de uma árvore de papelão onde foram penduradas fitas com frases de incentivo e carinho. Através dessas ações, eles puderam desenvolver e fortalecer vínculos entre si e com as famílias, além de propor soluções para as situações que eram desagradáveis.

Outra forma de trabalhar a valorização da vida foi através das cartas que os conviventes escreveram para lerem no futuro, a proposta dos educadores veio para que os atendidos pudessem refletir sobre suas expectativas e desejos para os próximos anos. Segundo a gerente, “quando eles lerem a carta, vão acessar os sonhos e os sentimentos positivos que experimentaram ao escrever, como a esperança de um futuro melhor”.

Atualmente o CCInter trabalha de forma híbrida para atender a todos, as turmas que frequentam o serviço presencialmente realizam um revezamento semanal, enquanto aqueles conviventes que estão em suas casas fazem atividades à distância. Os educadores responsáveis realizam adaptações para que todos consigam participar em suas casas. O encerramento do projeto de Setembro Amarelo também aconteceu de forma digital, e a reação dos atendidos foi muito positiva, principalmente em relação à sensação de segurança e acolhimento que encontraram ao expressarem seus sentimentos.

Em uma sala com um espelho ao fundo, os atendidos estão sentados em duplas para uma atividade de conversa.

No primeiro plano está a educadora com uma bolinha de papel sobre a palma da mão estendida, ao fundo estão quatro meninas atendidas pelo CCInter.