Os números são expressivos: 70% da Prefeitura de São Paulo é composta por mulheres

Uma série de quatro lives realizada entre os dias 8 e 11 de março reúne mulheres de destaque nos trabalhos municipais

 Secretária Berenice Giannella em sua mesa de trabalho participa de videoconferência. Por trás, janelas vidro com persianas de tela solar deixam transparecer os edifícios altos da cidade. A secretária veste uma blusa em tons de azul e amarelo e está sentada em uma cadeira preta, de espaldar alto. Está em frente a tela do computador com as mãos cruzadas e apoiadas sobre uma ampla mesa de madeira escura, com matérias de trabalho em cima.

 

Texto: Rosane de Pietro

Foto: Guilherme Ferreira 

 

A Secretaria de Governo Municipal (SGM) realizou o evento “Semana da Mulher na Prefeitura de São Paulo”, em celebração ao Dia Internacional da Mulher. A secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Giannella, participou hoje (11) da mesa “Economia do Cuidado”. O tema da live do último dia de reflexões foi apresentado por servidoras da Prefeitura de São Paulo atuantes na pandemia, tanto na linha de frente, como em teletrabalho.

A proposta do bate-papo foi criar espaços de falas neste momento de luta das mulheres na administração pública, agravada pela pandemia. As palestrantes começaram os depoimentos com uma autodescrição, com a finalidade de inclusão de pessoas com deficiência visual. A mediadora Fernanda Braz Tobias De Aguiar, da Secretaria de Saúde, mesclou depoimentos entre convidadas e palestrantes do dia: Marina Magro Martinez, procuradora-geral do Município; Malde Maria Vilas Bôas, secretária-executiva de Educação e Ingrid Soares Santos, secretária-adjunta Municipal da Secretaria de Cultura, além de Giannella.

A secretária da SMADS começou descrevendo o ambiente da sua sala de trabalho, no 35º andar de um edifício no Vale do Anhangabaú, centro histórico de São Paulo. Introduziu sua contribuição destacando que muitos dos serviços da Assistência Social são direcionados à mulher e à família, “uma vez que existe um grande percentual de famílias monoparentais - só uma pessoa é responsável pelo sustento da casa e, em muitos casos, é uma mulher, principalmente, nas famílias inscritas no CadÚnico”, apresenta a secretária.

De acordo com Giannella, atualmente a pasta tem aumentado o número de acolhimentos direcionados à família. “A definição de família não está restrita unicamente pela composição ‘pai, mãe e filhos’, além das famílias monoparentais, temos também as homoafetivas”, explica.

Outro ponto abordado foi o trabalho de busca ativa que os orientadores socioeducacionais realizam. “As visitas domiciliares da Assistência Social, em conjunto com agentes comunitárias da Saúde, têm mostrado bons resultados. As famílias, em sua maioria, representadas por mulheres, são informadas a respeito dos direitos e benefícios sociais que podem ter", completa a secretária.

Atualmente, o município dispõe de 59 Serviços de Assistência Social à Família e Proteção Social Básica (SASFs) com capacidade de atender 59 mil famílias em situação de vulnerabilidade.