Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCMs) prestam apoio às vítimas de violência

Mulheres podem receber atendimento psicossocial, orientações jurídicas e amparo social em qualquer um dos 15 centros espalhados pela capital

Texto: Secretaria Especial de Comunicação

Você sabia que a Prefeitura de São Paulo conta com serviços que oferecem proteção e apoio a mulheres que sofrem violência doméstica? Atualmente, a rede de serviços da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) conta com 15 Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCMs).

“Nós atendemos mulheres em situação de violência doméstica com idade acima dos 18 anos. Temos muitos casos em que as mulheres nos procuram espontaneamente, mas os encaminhamentos geralmente são feitos pela Delegacia da Mulher, Defensoria Pública e outros serviços da rede socioassistencial como os Centros de Referências Especializados de Assistência Social (CREAS)”, explica a gerente do CDCM Casa Verde, Renata Felintro.

Os serviços oferecem atendimento psicossocial, orientações e o encaminhamento jurídico necessário para que as mulheres superem a situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate de sua cidadania.

Segundo a gerente do CDCM Casa Verde, muitas mulheres têm receio de procurar o serviço acreditando que terá que fazer uma denúncia, se separar, etc. “Muitas pessoas acham que o CDCM é um canal para fazer denúncias, mas não é isso. Você vai contar a sua situação, irá receber orientações e saber quais são seus direitos”, disse.

Assim que a mulher passa a ser acompanhada pelo serviço, ela recebe atendimento social onde é feita uma triagem para identificação da demanda específica, se ela precisa de um atendimento psicossocial, orientação jurídica e outros encaminhamentos.

“O advogado do CDCM não acompanha os casos, ele dá uma orientação jurídica. Os casos são encaminhados para Defensoria Pública para que a mulher possa ter um acompanhamento do seu caso”, explica Renata.

Além do atendimento psicossocial e das orientações jurídicas, nos serviços as mulheres também podem participar de oficinas de artesanato como costura, tecelagem, empreendedorismo, geração de renda, entre outras atividades.

“Temos casos onde a mulher conseguiu sair dessa situação de conflito com o agressor e se separou. Mas também temos casos onde a mulher começou a perceber que precisa se empoderar, saber dos direitos dela, sair para trabalhar”, contou a gerente do CDCM Casa Verde.

Nesse período de pandemia do novo coronavírus, os serviços também estão atendendo por telefone e durante o atendimento presencial estão sendo tomados todos os cuidados sanitários recomendados como o uso de máscaras, higienização das mãos, utilização de espaços mais ventilados, entre outras ações.

Renata Felintro explica que muitas mulheres demoram para procurar auxílio. “É importante que as mulheres saibam que existem serviços que vão atendê-las, prestar o acolhimento de forma diferenciada e sem julgamentos. Elas não devem ter vergonha, ninguém entra num relacionamento para não dar certo, mas elas precisam pensar nelas. O mais importante é buscar ajuda, não ter vergonha e saber dos seus direitos”, finaliza.

Conhece alguma mulher que precise do atendimento ofertado nas unidades do Centro de Defesa e Convivência da Mulher (CDCM)? A relação com os endereços das unidades está disponível no site da SMADS.

Outros serviços

Em parceria com organizações sociais, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) mantém cinco centros de acolhida sigilosos, que oferecem acolhimento para mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos, em situação de risco de morte ou ameaças em razão da violência doméstica e familiar ou que sofreram algum tipo de violência física, sexual, psicológica e/ou moral. Quem precisar de atendimento deve procurar os CREAS  e os CDCMs.

A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) também conta com outros equipamentos de apoio à mulher.