Prefeitura de São Paulo recebe doações para serviços de acolhimento destinados a imigrantes

Centro que atende estrangeiros que buscam orientações jurídicas e sociais recebe visita de escritório mundial, fidelizando parceria no atendimento de imigrantes da cidade

Texto: Rosane de Pietro

Fotos: Wagner Origenes Nunes

 

Sala de espera para atendimento. O local é uma área externa da casa, com forro branco sustentado por travas de madeira clara. A parede amarela da casa fica ao fundo e a parede lateral do ambiente é branca com oito quadrados de tecido trabalhado em artesanato, formando duas fileiras de quatro peças quadradas. Cerca de cinco pessoas aguardam atendimento, sentados em cadeiras pretas. Ao fundo, um atendente em sua mesa de trabalho com computador e três trabalhadores do centro estão em pé na porta de entrada do ambiente.

 

Na última terça-feira (23), o Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI) ORIANA JARA, localizado na região central da cidade, recebeu a visita do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), agência da ONU, com objetivo de firmar doação de bens e materiais a equipamentos de atendimento e acolhimento de imigrantes acolhidos pela Prefeitura de São Paulo.

 

A assinatura do termo de doação ocorreu no CRAI, serviço público sob gestão da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). Ana Claudia Carletto, secretária municipal da pasta, informa que as doações serão encaminhadas para equipamentos da rede socioassistencial que acolhem imigrantes em diferentes instituições.

 

Jose Egas, representante do ACNUR no Brasil, conheceu as instalações e as atividades desenvolvidas no serviço. O CRAI possui atendimento especializado e multilíngue para migrantes de diferentes nações, oferece orientações sobre regularização migratória, apresenta diferentes ferramentas de acesso aos direitos sociais do imigrante, orientação jurídica, bem como, encaminhamento de denúncias de violações de direitos humanos.

 

Egas, no ato da assinatura de entrega da doação, enfatiza que pretende seguir contribuindo para a construção e consolidação de políticas públicas amplas e irrestritas das quais a cidade de São Paulo é um exemplo internacionalmente reconhecido. “Não será a primeira nem será a última parceria firmada. São Paulo só vai adiante”, comenta o representante da agência internacional.

 

É importante salientar que, no Brasil, o imigrante dispõe da proteção do governo brasileiro para obter documentos, trabalhar, estudar e exercer os mesmos direitos que qualquer cidadão estrangeiro legalizado no país, buscando a integração de pessoas imigrantes à sociedade brasileira.

 

O ACNUR tem seu escritório central em Brasília e unidades em São Paulo (SP), Manaus (AM) e Boa Vista (RR). O ACNUR atua em cooperação com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) e em coordenação com os governos federal, estaduais e municipais, além de outras instâncias do Poder Público.

 

 

Uma atendente do centro de acolhida está em sua mesa de trabalho com computador de mesa aberto. Em sua frente, de costas para a foto, está sendo atendida uma imigrante com cabelos claros na altura dos ombros. Na ponta da mesma mesa, outro funcionário com um colete laranja, escrito emergência nas costas, também está escrevendo em seu computador de mesa. São duas pessoas atendendo a imigrante.
 

 

Visita ao espaço de atendimento ao centro de atendimento ao imigrante. Estão na imagem: a Secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Ana Claudia Carletto e Jose Egas, representante do ACNUR no Brasil, dentre outros convidados presentes. O funcionário da casa, explica o serviço, empé, apoiado nas costas da sua cadeira de trabalho.