Oficina de Street Dance na Zona Leste aproxima jovens da dança

A atividade vem se destacando e tem gerado muita procura no território da Vila Prudente

Dezenas de crianças e alguns adultos sentados em cadeiras e no centro uma menina faz movimentos de dança.

Texto: Helena Lima
Fotos: Acervo

Desde 2016, o Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) Paschoal Bianco vem desenvolvendo diversas atividades para estimular os atendidos. Entre elas, a oficina de Street Dance ministrada pelo professor Demétrio Furlan que também possui outros projetos envolvendo a prática nos CCA’s Amas, Gente da Gente e no Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA) Sé Filadélfia.

“Durante todo o ano, os usuários realizam encontros para aprender as técnicas e movimentos, e depois realizamos diferentes ações, incluindo uma batalha de dança com a participação das famílias do território e uma batalha com a participação de outros CCAs”, acrescenta o gerente do serviço, Gabriel Matos. Nesses campeonatos os alunos aplicam os aprendizados e apresentam as coreografias desenvolvidas durante o ano.

A prática da dança de rua, como é popularmente conhecida, envolve aspectos fundamentais para o desenvolvimento dos jovens, tal como o trabalho em equipe, além de habilidades como coordenação, ritmo, equilíbrio e expressão corporal. Por ser uma atividade em grupo, muitos jovens acabam se interessando por esse tipo de oficina.

Para o convivente Murilo Eustachio, de 10 anos, a dança teve um importante impacto na sua vida. “Consegui encontrar outras formas de diversão, ensaio até em casa e fico menos em games”, conta. Já Gustavo Nascimento, acredita que a dança ajudou a superar a timidez. “Eu era muito tímido e a dança me ajudou a ter menos vergonha de mim mesmo”, acrescenta.

O espaço proporciona às crianças e adolescentes um atendimento e desenvolvimento adequado de educação social, cultura, esporte e lazer. “Um dos objetivos é propiciar para os atendidos um espaço de prática de dança enquanto instrumento eficaz de acesso ao desenvolvimento da cidadania, autonomia e emancipação social, evitando dessa forma a exclusão social”, completa o gerente.

Várias crianças estão sentadas em roda, e no centro seis crianças se preparam para batalha de dança.