Texto: Helena Lima
Fotos: Acervo
Resumidamente, a Marchetaria é a técnica de ornamentar superfícies planas. Dentro da oficina desenvolvida pelo Núcleo de Apoio Social Cantinho da Esperança (NASCE) os conviventes têm contato com materiais diversos, tais como: madeira, metais, pedras e plásticos. Ao todo, 24 conviventes participam da atividade que ocorre duas vezes por semana (terça e quinta) na unidade.
Dependendo da técnica utilizada, pode-se construir desde objetos tridimensionais até quadros, esculturas e porta joias, sendo que cada um deles leva, em média, uma semana para ser confeccionado. O processo possui cinco etapas que são divididas entre os conviventes, considerando a preparação da madeira, a montagem dos produtos, os desenhos e por fim, a pintura e o acabamento.
O oficineiro Ronaldo Laurencio comenta que assumiu essa oficina em 2004, mas que ela já existe há mais tempo na instituição. Reforça também que ela é oferecida apenas para os atendidos com deficiência leve por conta do manuseio do estilete que pode ser um pouco perigoso. “Depois que os trabalhos são terminados, os alunos levam para casa para que a família possa vender ou presentear alguém”, completa.
O Cantinho da Esperança busca auxiliar no desenvolvimento cognitivo de cada um, e o seu principal objetivo é promover a inclusão social. Luciano Ferreira, de 37 anos, relata que já frequenta o espaço desde os oito e que gosta muito de participar das oficinas que são oferecidas. “Tem que ter paciência, mas gosto de fazer marchetaria, principalmente a parte de colar e passar a seladora”.
A técnica do serviço Mirella Perroni, conta que o objetivo é trabalhar a autonomia e a coordenação dos atendidos. “Nossa equipe, composta por psicólogos, pedagogas, assistentes sociais e educadores, promove atividades baseadas nas necessidades de cada um, oferecendo assim um ambiente propício para o seu desenvolvimento”.