Chácara Bandeirantes recebe evento da Campanha “16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”

Roda de conversa discutiu a importância da mobilização masculina para acabar com esse tipo de agressão

O palestrante encontra-se no canto esquerdo da foto e fala pra uma plateia predominantemente feminina.

Texto: Helena Lima
Fotos: Wagner Origenes


No dia 05/12 a Associação Beneficente ARCO, localizada na zona sul da cidade, realizou uma roda de conversa sobre o “Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, ela foi mediada pelo Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) da cidade de São Paulo, Carlos de Souza Junior.

O evento faz parte da Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, uma mobilização anual que envolve vários setores da sociedade civil e do poder público. Ela se inicia no dia 25 de novembro, quando é celebrado o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher e vai até o dia 6 de dezembro, data que marca a mobilização masculina frente à causa.

Diversas outras atividades relacionadas ao tema aconteceram dentro do serviço, elas mobilizaram grande parte da comunidade abrindo espaço para debater questões importantes como representatividade LGBTQ, feminismo, moda, gênero, religião e vozes femininas periféricas. Carlos conta que a recepção foi boa e muitas pessoas se interessaram pela temática. “É muito importante abrir esses espaços dentro das comunidades e descentralizar a discussão da zona central. A maioria das pessoas que moram aqui demorariam horas só pra chegar em lugares que realizam esse tipo de conversa”, conta.

Desde sua primeira edição, em 1991, a campanha já conquistou a adesão de cerca de 160 países, no entanto ainda não é muito presente no Brasil, que está na 5ª posição do Ranking Mundial da Violência contra a mulher divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2019. Para a estudante Bárbara Nascimento, 17 anos, o importante é reconhecer a equidade entre homens e mulheres. “Precisamos interromper esse fluxo de violência, não é normal as mulheres serem violentadas desse jeito”.

 

Fachada da Instituição beneficente decorada com mosaicos coloridos. Em cima da porta a esquerda, um letreiro escrito “Sejam bem vindos a ARCO”.

Dezesseis pessoas em frente posando para a foto em frente a um telão.