Trabalhos do “Festival Nossos Talentos” são apresentados para os pais no Encontro Cultural em Rede

Buscando aproximar a comunidade, o Encontro reuniu três serviços para uma última apresentação

Dois meninos em cima do palco, um deles segura um guarda chuva e eles parecem estar dançando.

Texto: Helena Lima
Fotos: Acervo

O Centro Educacional Unificado (CEU) Jaçanã, recebeu na última sexta-feira (01/11), o Encontro Cultural em Rede que reuniu o Centro para Criança e Adolescente (CCA) Jardim Fontális, o CCA Zilda Arns e o Serviço de Assistência Social à Família (SASF) Tremembé. Cada serviço desenvolveu uma temática e realizou apresentações voltadas para as artes do corpo, cerca de 300 pessoas estiveram presentes.

O evento é uma oportunidade de reunir os trabalhos apresentados no Festival Nossos Talentos, que esse ano aconteceu no mês de setembro. A gerente do CCA Zilda Arns, Terezinha Mara, conta que a ideia de reapresentar esses projetos para a comunidade veio de uma demanda dos próprios pais, que não puderam assistir as apresentações na primeira edição. “Eles queriam prestigiar os trabalhos feitos pelos filhos, pensando nisso, conversei com os gerentes dos outros serviços e resolvemos separar uma noite exclusivamente para os pais e amigos”, diz Terezinha.

Seguindo a mesma linha do festival, o encontro debateu a questão da valorização das políticas públicas. Cada serviço tinha uma temática específica, o CCA Fontális levantou a questão da relação do corpo com o espaço, e adotou o nome “Esse ano eu não morro”. O CCA Zilda Arns falou sobre a relação entre as pessoas e a construção do afeto e teve como título “Cê é louco cachoeira?” e o SASF Tremembé apresentou o “E se?”, sobre a importância do serviço social como fator transformador na vida das pessoas.

O encontro promoveu o diálogo entre os três serviços e estimulou a participação das crianças, que além das apresentações artísticas também foram responsáveis pela condução da cerimônia. O articulador do projeto, Rogério Marcondes, ressalta a necessidade de mais atividades que compreendam os serviços como uma rede: “É de extrema importância que esse tipo de evento aconteça, pois ele atua dentro de todo o contexto social em que a rede está inserida, sem pensá-lo de maneira individualizada”.

Marcondes explica ainda como o projeto foi desenvolvido: “Cada tema foi abordado de uma forma. No caso do CCA Jardim Fontális, realizamos um processo exploratório utilizando outros espaços dentro da comunidade como sala de aula, já no SASF foi realizado outro trabalho corporal baseado em uma pesquisa mais longa e no Zilda focamos na observação de como as pessoas se relacionam com a comunidade para montar a coreografia”, completa.
 

Várias crianças em cima de um palco segurando ilustrações de casas.