Conviventes do Espaço Vida visitam o Museu Afro Brasil

A atividade visou a importância da representatividade dos negros

Fotos: Divulgação
Texto: Juliana Liba

O Núcleo de Convivência Prates decidiu sair da rotina para iniciar as atividades socioculturais do mês de abril levando 30 conviventes do Espaço Vida (antigo Complexo Prates) para o Museu Afro Brasil, localizado no Parque Ibirapuera. A visita ocorreu no dia 03/04 e contou com a parceria dos Serviços Especializados de Abordagem Social (SEAS) da região.

No passeio, a equipe e os conviventes tiveram o acompanhamento de uma educadora que trabalhou a perspectiva africana na formação do patrimônio, identidade e cultura brasileira, por meio de algumas temáticas como: trabalho e escravidão, história, memória e artes plásticas. Além disso, tiveram acesso às seis mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, documentos e peças etnológicas presentes no museu.

Segundo a assistente social do Núcleo Prates, Gessy Rocha, a escolha dessa atividade foi fundamentada na importância da representatividade do povo negro, tendo em vista que o público o qual atendem são na maioria negros. “Eles precisam conhecer a própria história de perto, para serem fortalecidos, reconhecerem a importância do seu povo e serem empoderados para mostrar o quanto são cidadãos de direitos e que a dívida para com seu povo é histórica”, contou.

Em meio a tanto brilho no olhar, dúvida e satisfação por estar lá, a visita pôde proporcionar um novo olhar sobre o mundo e uma experiência diferente do que os conviventes viveram. Elielson Pereira da Silva, 37 anos, agradeceu o privilégio de ter participado e adquirido muito conhecimento. “Foi extraordinário e fiquei maravilhado pelas histórias belas dos personagens. Se você ainda não foi lá, vai, porque não vai se arrepender”, disse.

É pensando nesse depoimento como o de Elielson e tantos outros, que o gerente do Núcleo Prates, Juari Figueroa, procura trabalhar com a realização dessas atividades externas. “Não é apenas um passeio. Com ele nós colhemos as carências que essa população tem para podermos trabalhar melhor e fortalecer o vínculo e assim, poder conquistar o progresso”, explicou.