Pausa na rotina para ensinar e aprender

Núcleo de Apoio à Inclusão Social para Pessoas com Deficiência foi palco de apresentações teatrais

Fotos: Wagner Origenes/SMADS
Texto: Bruna Carvalho


Emoção, gargalhadas e empoderamento contagiaram a todos no Núcleo de Apoio à Inclusão Social para Pessoas com Deficiência III, na Vila Santa Catarina, onde cerca de 90 pessoas com deficiência intelectual convivem de segunda à sexta-feira.

No último dia 15/12, o espaço recebeu policiais do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTrans) para uma apresentação de teatro com fantoches e apreciação de uma peça ensaiada por parte dos conviventes do Núcleo.

A assistente social, Maria Aparecida Martins, que trabalha no espaço há mais de treze anos, comentou a importância de sair da rotina do serviço. “Encontros como esse buscam romper paradigmas e passar de forma lúdica as informações para os conviventes”, explicou.

O Núcleo de Atendimento é mantido por meio de convênio entre a Adere – Associação para Desenvolvimento, Educação e Recuperação Excepcional e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Os conviventes do Núcleo também deram show com a apresentação de uma peça teatral, o tema escolhido foi a responsabilidade socioambiental e as atividades que são desenvolvidas pela associação.


Robson de Souza, 40, é usuário do serviço e faz parte do grupo de teatro que realizou a apresentação. Para ele, o mais importante é que “além de aprender a gente também compartilha conhecimento”.


A psicóloga que trabalha na Adere a cerca de 20 anos, Sueli Fernandes, explicou que no Núcleo eles não trabalham com as limitações, mas sim com as possibilidades. “Eles [os conviventes] percebem que podem e nós exploramos esse potencial”, disse.


Os conviventes são envolvidos em atividades terapêuticas, culturais, esportivas e sociais diariamente. Além de participar de capacitações para o mercado de trabalho que muitas vezes resultam em encaminhamentos para vagas reais no mercado.


Ida Franccilli, 49, quem também faz parte do Núcleo há muitos anos, disse estar muito satisfeita com o dia a dia no espaço. “Aqui aprendi a fazer coisas que eu nunca imaginei que poderia fazer”, completou.


As lições de vida ensinadas por cada um dos 90 conviventes são inúmeras e surpreendentes. O Soldado Aragão da CPTrans, contou que os momentos como o que passou na Associação, são o que “recarregam a bateria”. “Eles transmitem essa alegria para a gente”, afirmou.