PREFEITURA DE SÃO PAULO

Castelinho da Rua Apa é restaurado para melhor atender moradores em situação de rua

07/04/2017 10h27



Foto: Governo do Estado de SP
Por Bruna Carvalho

A manhã desta quinta-feira (6) foi de intensa emoção no Castelinho da Rua Apa, que abriu suas portas para inauguração após o restauro feito em toda a sua instalação. O prédio funcionará como sede de uma ONG que atende moradores em situação de rua e pessoas em vulnerabilidade social há mais de 24 anos.

Maria Eulina Hilsenbeck, idealizadora da organização Clube de Mães do Brasil (CMB), reforça a importância da conquista deste espaço restaurado para fins sociais “É a nossa história, o nosso sonho sendo realizado. Uma chance de ampliar o atendimento”, disse.

A reforma no espaço conta com o financiamento concedido pelo Fundo Estadual de Direitos Difusos (FID). Para a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) Sonia Francine, é essencial fazer referência à origem desta verba. “Umas das fontes de recurso desse fundo são as multas por discriminação. É interessante que a aplicação dessa penalidade acabe resultando na otimização de projetos e até na restauração do Castelinho”, finaliza.

O evento de inauguração contou com a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital, João Doria, da Secretária de Assistência Social e outras autoridades. Aberto para a população, o espaço também recebeu vizinhos, ex-beneficiários de programas oferecidos pela ONG e a família da própria Maria Eulina.

A organização Clube de Mães do Brasil oferece programas de inserção social com oficinas culturais, educacionais e profissionalizantes há décadas. Antônio Carlos de Oliveira, 44 anos, ex-beneficiário que conseguiu sair das ruas com o auxílio do projeto, declara sua expectativa diante da reforma do espaço: “Naquela época, dona Maria já tinha o amor em cuidar de pessoas em situação de rua. Com essa estrutura o trabalho e os resultados serão ainda melhores”, afirmou.

Castelinho da Rua Apa

O imóvel foi construído como réplica de um castelo medieval e inaugurado em 1912. O Castelinho pertencia à família Guimarães Reis. Em 1937, os advogados Álvaro e Armando Cézar dos Reis e a mãe deles, Maria Cândida Guimarães dos Reis, foram encontrados mortos a tiros pela empregada, que morava numa casa anexa.

O imóvel ficou abandonado e em 1982 foi ocupado por moradores em situação de rua até ser concedido à ONG Clube de Mães do Brasil. O Castelinho foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo em 2004 e declarado Patrimônio Histórico e Cultural.