PREFEITURA DE SÃO PAULO

SMADS atende mais de 1.600 mulheres vitimas de violência nos Centros de Defesa e de Convivência da Mulher

25/09/2015 10h53

Foto: Wagner Origenes

Por Amanda Rodrigues

As mulheres são protegidas em diversos espaços na capital paulista. Os Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCM) oferecem proteção e apoio ao público feminino em razão da violência doméstica e familiar, causadora de lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral por meio do atendimento psicossocial, orientações e encaminhamento jurídico, além de atividades culturais e de lazer que contribuem para a reparação de danos.

A Casa Zizi, na Vila Prudente, por exemplo, também oportuna a participação em oficinas de costura, decoração, manicure e artesanato.

Segundo a gerente da Casa, Silvina Ribeiro, os Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCMs) são de suma importância no fortalecimento da auto estima da mulher. “A maioria das mulheres que chegam aqui estão perdidas e, aos poucos vão se fortalecendo, se reconhecendo como mulher até romper com o ciclo da violência” disse.

Criada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 realizou de janeiro a junho desse ano 364.627 atendimentos, uma média de 60.771 ligações por mês, 2.025 ao dia. Dos atendimentos realizados em 2015, 34,46% corresponderam à prestação de informações (principalmente sobre a Lei Maria da Penha); 10,12% foram encaminhamentos para serviços especializados; 45,93% encaminhamentos para outros serviços de atendimento, tais como: 190 da Polícia Militar, 197 da Polícia Civil e Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e 8,84% foram relatos de violência contra a mulher.

A manicure M.R., 48 anos, conseguiu recuperar a autonomia após os atendimentos prestados no CDCM. “Eu tinha vergonha de dizer que sofria violência, já pensei em suicídio. Foi quando tomei conhecimento da Casa e aqui além de apoio psicológico, me deram suporte pra eu recuperar a vontade de viver, reaprendi a fazer unhas por meio da oficina de manicure e hoje dou aula para outras mulheres”, completou.

Outra convivente, M.E.F., relata que aprendeu a lidar com as ameaças do companheiro após receber o atendimento psicológico do serviço. “Eu não tenho como sair de casa, deixar os meus filhos e o meu lar. Por isso me tornava uma vítima do meu companheiro. Então, procurei a Casa e aqui aprendi quais são os meus direitos como mulher e hoje sei como me impor diante das ameaças”, disse.
Conhece alguém que necessita desse tipo de atendimento? Procure o CREAS ou o CRAS mais próximo.

A relação do CDCMs pode acessada clicando aqui.