Sedes próprias dos CRAS completam 1 ano gerando bons resultados

Neste primeiro ano, o processo de descentralização dos 31 Centros de Referência de Assistência Social das subprefeituras já ofereceu grandes benefícios para a população. 12 novas unidades foram inauguradas, nas Zonas Sul, norte e Leste.

O processo de descentralização dos 31 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) das subprefeituras para sedes próprias, completou um ano com grandes benefícios para a população. Nesse período foram inauguradas 12 novas unidades: Santo Amaro (Zona Sul), Freguesia do Ó, Santana, Jaçanã, Casa Verde, Vila Maria e Perus (Zona Norte), Guaianases, São Mateus, Vila Prudente, Aricanduva e Mooca (Zona Leste), que contabilizam um aumento significativo de atendimentos em relação aos antigos endereços. Além disso, a descentralização possibilitou uma maior interatividade com as comunidades, possibilitando a formação de grupos com os beneficiados pelos programas de transferência de renda, cursos de capacitação e atividades diversas com famílias, crianças e idosos.

No CRAS Freguesia do Ó, na Zona Norte, primeiro a se adequar ao novo modelo, a demanda foi dobrada. A facilidade de acesso à atual sede fez com que hoje cerca de mil pessoas sejam atendidas mensalmente, de maneira espontânea ou mesmo encaminhada. De acordo com Mariângela Sant’Anna da Silva, supervisora do equipamento, o resultado serve como modelo da nova realidade dos CRAS: “No âmbito geral, a descentralização trouxe o equipamento para mais perto da população-alvo do atendimento. É o caso de nossa unidade, agora instalada mais próxima de outras áreas que estão sob nossa responsabilidade, como o bairro de Brasilândia”.

Entre as novas atividades na sede estão dois cursos profissionalizantes ministrados para 40 alunos vindos dos grupos de transferência de renda: um de pedreiro/gesseiro e o outro de eletricista/encanador. Outros CRAS da Zona Norte que ganharam sede própria também trabalham agora com números e médias multiplicadas. No CRAS Perus, por exemplo, o número de atendimento mensal, passou de 315 para 747. No CRAS Jaçanã, a procura dobrou: de 600 para 1.200 atendimentos mensais.

A coordenadora do Cras Jaçanã, Ruth Messias dos Santos salienta que os pontos cruciais da boa experiência são a implantação em local estratégico e a descoberta, pela população local, dos serviços que um dos centros de referência pode proporcionar: “Por serem instalados perto de pontos de ônibus, facilitam a vida da população. Além disso, um local que centraliza os serviços de assistência social traz muitas famílias. Agora, os usuários sabem que existem assistentes sociais preparados para encaminhá-los para os equipamentos da Prefeitura”. Na unidade, os idosos estão agora tendo cursos de artesanato e acompanhamento sócioeducativo.

Na Zona Leste, o Cras Mooca, o quarto equipamento do gênero a ser inaugurado dentro da descentralização, contabiliza uma média de 400 atendimentos mensais em torno dos serviços e da orientação sobre a rede assistencial. Trata-se de um acréscimo de 30% em relação ao que era antes efetuado. No caso da aquisição dos benefícios federais, como transferência de renda e Bolsa Família, em fevereiro, mais 179 pessoas se inscreveram e passaram a ser beneficiárias. Para a coordenadora do Cras Mooca, Maria de Lourdes Duarte Souza, a satisfação dos usuários pelo novo espaço exemplifica o sucesso da descentralização: “Estamos recebendo esse retorno do usuário, pois ele chega aqui e diz: ‘nossa como aqui é gostoso e bonito’! Fica visível o prazer de estar aqui”, afirma. O carroceiro Luís Lopes de Arruda, assistido pelo Cras desde 2005, comprova a opinião da coordenadora: “Quando venho aqui, eu me sinto como se estivesse numa extensão da minha casa e confiante que vou resolver minhas necessidades”.

O novo endereço possui um espaço físico maior, o que facilitou a realização de reuniões periódicas com as famílias que compõem os grupos de Programa de Transferência de Renda. Nesses encontros, com cinco grupos, são oferecidas orientações sobre cursos e trabalho, além da conscientização sobre os riscos de quebra de condicionalidade para recebimento das bolsas. O processo de descentralização dos serviços do Cras teve início em abril do ano passado, atendendo à política de integração e adequação da Smads ao Sistema Único de Assistência Social (Suas), bem como às metas previstas na Agenda 2012. “Os bons resultados alcançados demonstram que a assistência social da cidade de São Paulo está no rumo certo”, finalizou a vice-prefeita e secretária da pasta.

 Texto: Rafael Gaspar e Zelitto Silva