Arcos

Estruturação Territorial

Território estratégico para alterar o modelo de desenvolvimento urbano de São Paulo em direção a uma cidade mais equilibrada dos pontos de vista urbanístico, ambiental, econômico e social. Seu perímetro combina três elementos estruturantes no processo de formação da cidade: os dois principais rios – Pinheiros e Tietê, que drenam as principais bacias hidrográficas; a existência das ferrovias, que determinaram a localização das estruturas produtivas ao longo dos séculos XIX e XX, e a presença de antigas áreas industriais, cuja reestruturação abre espaço a um novo aproveitamento pela cidade.


Arco Jurubatuba
A formação urbana do que ficou definido atualmente no PDE como “Arco Jurubatuba” teve início no século XVI, nos núcleos urbanos das vilas de Santo Amaro e Capela do Socorro. A construção da Represa de Guarapiranga trouxe à região a fama de balneário satélite de São Paulo nos anos 20, quando foi lançado o bairro-jardim de Interlagos. A concretização, na década de 60, do ambicioso projeto de geração hidroelétrica concebido pelo Engenheiro Billings foi o grande impulso para a urbanização das várzeas dos rios Jurubatuba e Guarapiranga, com intensivo desenvolvimento industrial associado principalmente às cadeias metalúrgica, química e farmacêutica. Nas décadas de 70 e 80 a região sofreu uma explosão populacional, com ocupação maciça das franjas dos mananciais e áreas de risco geológico por loteamentos irregulares e favelas.

O Arco Jurubatuba, como a porção mais ao sul da Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM), caracteriza-se por grandes constrastes urbanos e de indicadores sociais, com a centralidade metropolitana de Santo Amaro e as áreas industriais de Campo Grande e Capela do Socorro concentrando as atividades econômicas de um arco populacional vulnerável de mais de um milhão de habitantes a sul e oeste.

Há um potencial expressivo de desenvolvimento urbano associado a múltiplas ações, como a recuperação e aproveitamento dos sistemas hídrico-ambientais, com especial importância à despoluição e regularização das áreas de mananciais, a melhoria dos sistemas de transporte e mobilidade urbana de modo mais amplo, o fortalecimento das centralidades locais a oeste, com maior cobertura de equipamentos e serviços públicos, bem como o desenvolvimento econômico associado à reestruturação das Zonas Predominantemente Industriais (ZPIs) com as Zonas de Desenvolvimento Econômico (ZDEs), estimulando a presença de toda a cadeia produtiva em uma mesma área, sem a expulsão das indústrias de grande porte. O incentivo à indústria de alta tecnologia e centros de pesquisa aplicada e a implantação de “backoffices” nas proximidades dessa indústria pode cumprir um importante papel para toda a região sul do município.

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Arco Pinheiros
A urbanização da região definida pelo Arco Pinheiros teve início com os loteamentos residenciais da Cia. City, apresentando grande impulso com a ocupação das várzeas após retificação dos rios Pinheiros e Tietê, a construção dos ramais ferroviários e do sistema viário das marginais, e com a ocupação industrial associada às atividades cimenteira e atacadista de alimentos.

O Arco Pinheiros tem localização estratégica, situado na confluência dos dois principais eixos que definem a estruturação da metrópole. Contém grandes âncoras urbanas, como a Cidade Universitária da USP e o CEAGESP. O Arco vem passando por intensas transformações nos últimos anos, com adensamento populacional, incremento de atividades de comércio e serviços e intensificação dos congestionamentos, agravando, por um lado, os conflitos de convivência entre o CEAGESP e sua vizinhança e, por outro, limitando suas operações pela saturação de seus acessos, estacionamentos, áreas de estocagem e comercialização, prejudicando ganhos de eficiência e o pleno cumprimento de seu papel para toda a região metropolitana.

As perspectivas de desenvolvimento urbano da região guardam relação direta com o futuro dessas âncoras urbanas, sobretudo com o entreposto atacadista da CEAGESP. Há um grande potencial de desenvolvimento a partir da definição sobre a modernização de suas atividades ou sua transferência para outras regiões, com implicações na mudança de perfil econômico das áreas industriais da Vila Leopoldina, Jaguaré e Presidente Altino e eventual parcelamento da gleba onde se situa o entreposto. Por outro lado, uma maior integração da Cidade Universitária com as regiões de Pinheiros e Jaguaré, por meio de projetos como o Polo Tecnológico e a Gleba Votorantim, podem criar condições para uma reestruturação econômica relacionada a atividades tecnológicas e de pesquisa aplicada, em um ambiente urbano dinâmico e sustentável.

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Arco Tamanduateí
O Arco Tamanduateí se apresenta como um grande eixo central da cidade, sendo parte integrante da Macroárea de Estruturação Metropolitana, apontada no Plano Diretor Estratégico. Localizado no centro do rodoanel da região Metropolitana de São Paulo, é cortado por importantes linhas férreas, possui significativa estrutura de transporte público e ainda contém Zona Industrial histórica. Faz articulação entre importantes estradas, onde se identifica excelente potencial econômico, construtivo e logístico.

Seu perímetro totaliza 1.659 hectares distribuídos ao longo dos Bairros do Tamanduateí. O histórico de ocupação e desenvolvimento do local é associado à instalação da Ferrovia São Paulo Railway e à Estrada de Ferro Santos – Jundiaí. A várzea passou a ser estrategicamente interessante, sendo ocupada por indústrias e bairros operários. O desenvolvimento urbano do local criou um traçado urbano pouco articulado, carente de áreas verdes e conexões viárias, sendo pouco permeável.

Atualmente é identificado um processo de esvaziamento das grandes plantas industriais, mas com o contínuo crescimento do setor industrial. Novas atividades produtivas de menor planta e convívio com áreas de comércio e serviço, até mesmo residenciais, surgiram nesta área estratégica da cidade. O perímetro identificado encontra-se em processo de transformação, abrindo a oportunidade de realizações de novos empreendimentos.

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Arco Tietê
O Arco Tietê é uma das mais estratégicas áreas da cidade de São Paulo. Caracteriza-se por uma região onde se implantou o sistema ferroviário e o parque industrial que revolucionou a economia da cidade no século XX e onde as políticas públicas de manutenção e estímulo ao emprego na indústria e suas atividades econômicas agregadas devem ocorrer, paralelas às ações de preservação, proteção e recuperação do nosso patrimônio cultural.

Setor especifico da Macroárea de Estruturação Metropolitana, definida pelo Plano Diretor Estratégico do município, onde se implantou uma rede de infraestrutura de importância regional com a predominância de vias estruturais, sistema ferroviário e rodovias que articulam diferentes municípios e pólos de empregos da Região Metropolitana de São Paulo, o Arco Tietê é um território adequado para receber transformações urbanísticas e econômicas, que ofereçam maior aproveitamento do solo urbano, através do aumento da densidade construtiva e demográfica e da implantação de novas atividades econômicas com abrangência metropolitana, que propiciem um equilíbrio adequado entre a oferta de habitação e a oportunidade de emprego e renda.

O espaço urbano do perímetro do Arco Tietê contém relações complexas, que articulam escalas urbanas e econômicas de abrangências do local ao regional e que devem necessariamente ser consideradas na análise deste território. Caracteriza-se pela porção central da planície fluvial do rio Tietê, onde devem ser compatibilizados os usos, padrões e tipologias de parcelamento do solo urbano, com as condicionantes geológico-geotécnicas, atentando para a minimização dos problemas das áreas de risco, de solo contaminado e para a prevenção do aparecimento de novas situações de vulnerabilidade.

Além de ser uma área com condições propicias para a manutenção da população moradora e para a nova população desejada, através da oferta adequada de serviços, equipamentos e infraestrutura urbana, apresenta condições exemplares para a recuperação da qualidade dos sistemas ambientais e hidrológicos da cidade, especialmente o Rio, córregos e áreas vegetadas, articulando-os adequadamente com os sistemas de infraestrutura existentes, em especial a drenagem, o saneamento básico, a mobilidade e os novos padrões de urbanização vinculados a critérios de sustentabilidade.

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