Laboratório de Tecnologia marca experiência inédita de governo aberto na área de Transportes

Usina de trabalho permanente de SPTrans e CET busca soluções com o que houver de mais moderno em tecnologia. Transporte público e trânsito contarão com o desenvolvimento de novos aplicativos e softwares que serão aproveitados pela gestão. Sábado, 22, o espaço já terá a primeira atividade: hackatona da CET

A Secretaria Municipal de Transportes (SMT) lança, nesta sexta-feira, 21 de março, o Laboratório de Tecnologia e Protocolos Abertos para Mobilidade Urbana, iniciativa que irá instigar os participantes a desenvolverem soluções para a melhoria da gestão do transporte, do trânsito e da mobilidade urbana na maior metrópole do País.

A proposta, inédita no gerenciamento do setor no poder público, reúne todos os elementos de uma experiência concreta de governo aberto: inovação, transparência e participação da sociedade civil.

Por meio do Laboratório, a SMT e suas empresas, a SPTrans e a CET, responsáveis, respectivamente, pela gestão dos sistemas de transporte e de trânsito, proporcionam, juntas, oportunidade de democratização completa do acesso à informação, produção de conhecimento novo e construção de um patrimônio em tecnologia que será de toda a cidade.

“Este é um momento marcante para o trânsito e o transporte de São Paulo, estamos agregando valor, construindo uma ferramenta que só irá colaborar com a mobilidade da cidade”, afirma o secretário Municipal de Transportes.

Coordenado pelo chefe de Gabinete da SPTrans, o Laboratório traz para o setor de Transportes municipal o interesse acadêmico e, com ele, o de estudantes e profissionais que desenvolvem, neste momento, as pesquisas mais modernas sobre como aproveitar o potencial tecnológico do século XXI em benefício da melhoria da qualidade da mobilidade em São Paulo. Ao mesmo tempo, atrai empresários que também querem participar da busca de soluções e produtos para o transporte público e o trânsito na cidade.

“Nos últimos anos houve importantes avanços na tecnologia da informação, avanços brutais, e o Laboratório é a busca de trazer essas tecnologias concretamente para a mobilidade urbana, para melhorar a vida dos cidadãos”, destaca o chefe de Gabinete.

A combinação de novas tecnologias com a abertura dos dados da SPTrans e da CET permitirá aos participantes do Laboratório criar aplicativos para celulares, smartphones e tablets, desenvolver softwares e dispositivos para semáforos, radares, GPS´s e para todos os demais aparelhos usados com o propósito de contribuir para as boas práticas de solução e modernização dos sistemas existentes.

Fusp e MIT agregam valor ao projeto

A grande usina de ideias será permanente, se organizará por meio de grupos de trabalho e seus resultados serão efetivamente implementados na gestão, seguindo trâmites legais em cada caso.

O Laboratório de Tecnologia contará com R$ 800 mil em recursos orçamentários e terá a parceria da Universidade de São Paulo (USP) por meio da Fundação USP (Fusp). Conversas já estão em estágio avançado também com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) dos Estados Unidos. Teleconferências e interação com outros centros em que há projetos do gênero no mundo também estão previstas na iniciativa.

Bolsas de Pesquisa e Modelo Co-Working

Haverá bolsas de apoio à pesquisa, vinculadas e gerenciadas pela Fusp, que serão alocadas de acordo com a experiência e o currículo dos candidatos interessados que poderão se inscrever e participar desse desafio.

As bolsas de pesquisa têm valores entre R$ 351,90 e R$ 5.908,80, e serão oferecidas com critérios que incluem avaliação de itens como experiência na área de Tecnologia da Informação e currículos, no caso dos profissionais de nível universitário, além das horas de dedicação semanais ao projeto. Estudantes do ensino médio também serão bolsistas.

O modelo de trabalho definido será o Co-Working, ou seja, grupos com focos diferentes em mobilidade no transporte e no trânsito ocuparão o mesmo espaço físico, o que permitirá o compartilhamento de informações e a interação entre os grupos. Em cada grupo de pesquisa haverá sempre um representante da SPTrans e outro da CET para monitorar e trocar conhecimentos com os bolsistas.

O Laboratório está pronto e foi instalado nas dependências da SPTrans no Centro da cidade de São Paulo, na Rua Boa Vista 136, mezanino, mesmo local em que foi realizada a Hackatona da SPTrans, no último mês de outubro, e será realizada, neste final de semana, a Hackatona da CET.

Veja como participar

Os interessados deverão enviar e-mail, manifestando interesse em participar do laboratório e enviar o currículo;

Numa primeira etapa, serão selecionados de 10 a 40 participantes, levando em consideração o currículo dos candidatos;

Na primeira semana de abril, representantes da SMT irão se reunir com os bolsistas para dar início aos trabalhos;

Os auxílios serão pagos pela Fusp conforme a escolaridade e a experiência comprovadas: Confira abaixo os valores:

Nível 1: alunos de graduação; dedicação de 15 horas semanais: R$ 351,90
Nível 2: alunos do último ano ou do nível médio técnico; dedicação de 16 a 40 horas semanais: R$ 703,20
Nível 3: nível superior, sem vínculo empregatício; dedicação de 16 a 40 horas semanais: R$ 984,30
Nível 4: graduado, especialista em Tecnologia de Informação (TI), com dois anos de experiência após a graduação, ou título de mestrado na área de TI: R$ 2.488,20
Nível 4A: graduado, especialista em TI com pelo menos quatro anos de experiência após a graduação: R$ 4.076,70
Nível 5: graduado, especialista em TI com pelo menos cinco anos de experiência após a graduação, ou título de doutorado: R$ 5.908,80

Hackatona CET será a primeira atividade no Laboratório

O laboratório terá como primeira atividade a “Hackatona da CET”. Trata-se de uma maratona de hackers feira em parceria com a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp). O evento terá 28 horas de duração ininterruptas, começando às 9h de sábado (22/03) e terminando às 13 h do domingo (23/03).

Os projetos selecionados serão apresentados às 10h30 do sábado. Neste momento, a imprensa terá acesso ao laboratório e poderá acompanhar os programadores trabalhando nos seus projetos. O resultado da Hackatona será divulgado no final da tarde do domingo. Ao final, os três melhores receberão prêmios no valor de R$ 10 mil, R$ 7 mil e R$ 5 mil, respectivamente.

Ao todo, 95 pessoas em 40 equipes se inscreveram apresentando 63 propostas de projetos. Destes, 16 foram selecionadas para serem desenvolvidas durante a maratona. Desde 25/02, a CET disponibilizou em sua página na Internet uma série de dados institucionais sobre os mais variados assuntos relacionados à gestão do trânsito a fim de estimular programadores de softwares, pesquisadores e outros interessados a terem ideias para criar aplicativos e ferramentas digitais que contribuirão com a Companhia no monitoramento e melhoria do sistema viário.

Nesta oferta de informações e dados públicos foram disponibilizados conteúdos oficiais da CET sobre acidentes de trânsito, Área 40 – velocidade máxima de 40 quilômetros por hora -, políticas de incentivo ao uso de bicicletas, corredores e faixas exclusivas de ônibus, eventos, lentidão, lombadas, manutenção semafórica, ocorrências viárias em geral e sinalização comunitária. A partir disso, os participantes terão, ao longo da Hackatona, desafios propostos para desenvolver aplicativos com foco na Mobilidade Urbana para smartphones, tablets, entre outros.

Assessoria de Imprensa – SMT/SPTrans/CET

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