ONG parceira da SDTE recebe prêmio na Câmara Municipal de São Paulo

ONG Cidades sem Fome é premiada por desenvolver hortas comunitárias em espaços degradados. Gestão de Artur Henrique incentiva projetos de agricultura urbana e familiar, visando melhorar qualidade de vida da população

Por Cristina Braga

Parceira há um mês da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), a Organização não Governamental ‘Cidades sem Fome’ foi homenageada na Câmara Municipal, no último dia 24, durante a entrega do Prêmio Milton Santos 2014.

A Organização, que existe há 10 anos, foi enquadrada na Categoria II - Projetos que resultam em novas formas de solidariedade social - que desenvolve hortas comunitárias para otimização de espaços degradados e geração de renda para famílias carentes.

“Esse prêmio vem consolidar esse trabalho de dez anos. Nosso trabalho está ligado às políticas públicas que estão sendo adotadas na atualidade, na temática de agricultura urbana. Agradeço a todos que participaram desse processo ao longo dessa década”, salientou o Fundador e Coordenador de projetos da ONG, Hans Temp.

A Organização Cidades Sem Fome, criada em 2004, desenvolve projetos de agricultura sustentável, baseados nos princípios da produção orgânica. Seu objetivo é levar a autossuficiência financeira e de gestão para os beneficiários dos projetos. Desenvolve projetos de hortas comunitárias, hortas escolares e estufas agrícolas utilizando espaços, áreas públicas e particulares precárias que não possuem destinação específica, criando oportunidades de trabalho para pessoas em vulnerabilidade social e melhorando a situação alimentar e nutricional de crianças e adultos.

Outros projetos
A SDTE concede bolsa auxílio no valor de R$ 760,20 a 50 beneficiários que cuidam da manutenção de 10 hortas na Zona Leste da cidade. Para a gestora do Programa Operação Trabalho (POT), Cybele Silva, ganhar esse prêmio resulta numa nova forma de solidariedade cada dia mais presente na sociedade. Políticas públicas que contemplam essa ideia estão sendo cada vez mais evidenciadas, indo ao encontro dos projetos da SDTE, para melhorar a qualidade de vida da população, por meio de ações de urbanização ecológica.

Fábrica Verde na periferia
Instalado no CEU Jambeiro (Guaianases) e no CEU Três Pontes (São Miguel Paulista), o projeto Fábrica Verde tem como objetivo qualificar profissionais para o empreendedorismo na área de agricultura urbana. Já foram formadas duas turmas esse semestre em cada unidade.

Em abril deste ano, 20 beneficiários do programa ‘De Braços Abertos’ foram incluídos na nova etapa do projeto na ‘cracolândia’ e já colhem as hortaliças que plantaram. A Supervisora de Empreendedorismo da SDTE, Joselice de Oliveira Santos, afirma que o Fábrica Verde será ampliado para as Zonas Norte, Sul e Leste da cidade. “Estamos avaliando equipamentos públicos para instalar as estufas nessas regiões”.

A Supervisão Geral de Abastecimento da SDTE também prevê a ampliação do programa de Agricultura Urbana. O objetivo é implementar ações que atendam a política de segurança alimentar e nutricional. Em São Mateus, há 40 pontos de cultivo urbano, espalhados em áreas públicas e particulares. “Nesses espaços, capacitamos agricultores cadastrados”, afirma o Engenheiro Agrônomo do Departamento de Agricultura da ABAST, Cristiano Mendes.

Há ainda a Casa de Agricultura Ecológica, instalada dentro do Parque do Carmo que, desde 2010, atua na região incentivando produtores locais, assim como a iniciativa na Subprefeitura de Parelheiros, criada desde 2006. Na Zona Leste, já somam 79 pontos de cultivos cadastrados.

Segundo Mendes, a ABAST está tentando trazer o processo de certificação orgânica para esses pontos de cultivo. “Por meio da parceria com a Secretaria de Serviços, realizamos compostagem de resíduos orgânicos das feiras, na área da Subprefeitura de São Mateus”, explica. O engenheiro complementa ainda que são geradas duas toneladas de adubo por mês - distribuídos aos produtores nos locais de cultivo.

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