Craft Design traz visibilidade a microempreendedores em Vitrine da Economia Solidária

Quatro iniciativas apoiadas pela SMTE estiveram entre os expositores

 Por Nathalia Marangoni

A 30ª Craft Design, realizada entre os dias 10 e 13 de fevereiro, teve entre seus destaques a Vitrine da Economia Solidária, mostra curada pela ONG Design Possível que teve entre seus expositores quatro empreendimentos inseridos no projeto “Economia Solidária SP como Estratégia de Desenvolvimento”, ação da Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo (SMTE) em parceria com a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol Brasil).

Realizado a cada seis meses, o evento busca viabilizar negócios e apresentar tendências de design a um público alvo formado por arquitetos, decoradores e outros profissionais do setor. Por este motivo, a Vitrine da Economia Solidária é considerada uma chance imperdível de exposição e articulação de parcerias para microempreendedores, como é o caso da Gabriela Rodrigues. “Essa é a minha primeira vez na Craft Design e estou participando com a exposição de bordados manuais, feitos de forma totalmente artesanal, com uma proposta mais contemporânea do que aquele bordado tradicional de Minas Gerais. O meu tem uma pegada mais de design”, conta ela.

Formada em design digital, Gabriela começou a trabalhar com artesanato há dois anos, fazendo presentes para seus amigos a partir da reutilização de materiais como garrafas de vidro, discos de vinil e CDs: “A prática virou proposta de trabalho. Tentei voltar ao mercado convencional em agências de publicidade e acabei não conseguindo, então foi uma alternativa de continuar fazendo as coisas que eu gosto, até com mais amor, porque a cada bordado que eu faço é um respiro”, revela.

Ela conheceu a Economia Solidária há nove meses por meio das reuniões da Rede de Artesanato e Economia Solidária que são realizadas na Incubadora Pública de Empreendimentos Econômico Solidários, no bairro do Cambuci. O aparelho público é sede do projeto da SMTE, pelo qual também são assessorados outros coletivos e redes em áreas como alimentação, costura, serviços e economia das culturas e criativa.

A empreendedora Marina Toledo, do Parada São Paulo, também esteve entre os expositores da Vitrine. Ela define sua participação na Craft Design como um novo paradigma de oportunidades: “É uma feira de negócios, né? O foco é outro, estamos junto de empresários, arquitetos, decoradores e designers com outra visão, então você abre nichos de mercado”, vibra Toledo.

O Parada São Paulo trouxe à Mostra um jogo da memória com imagens icônicas da cidade paulistana e um bloco de notas cuja capa é estampada com cera e extrato de nogueira (corante para acabamento envelhecido), representando janelas e portas da Estação da Luz. Seu trabalho visa, por meio do artesanato, resgatar histórias da maior capital sul-americana.

Membro da Rede de Artesanato e Economia Solidária desde seu início, em 2015, Marina destaca a importância da Incubadora Pública para microempreendedoras como ela: “O artesanato não é só o fazer manual; é o fazer, é o vender, é o marketing, é a gestão do negócio. O artesanato não precisa de assistencialismo, ele precisa de educação que não se dá nas escolas, então a Incubadora e a Rede de Artesanato e Economia Solidária têm esse papel na capacitação desse artesão, para que ele se torne um gestor do seu negócio”.

Além dos empreendimentos Parada São Paulo e Gabi Rodrigues, expuseram seus produtos na Craft Design 2017 a Oficina de Encadernação – Projeto TEAR e a Mater – Marcenaria, coletivos também inseridos na iniciativa da SMTE.

A Incubadora Pública de Empreendimentos Econômico Solidários está localizada na Rua Otto de Alencar, 270, no Cambuci. Para mais informações, acesse: www.ecosolsp.com.br

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