1º Encontro com Empresas discute empregabilidade de imigrantes e refugiados na cidade de São Paulo

Iniciativa tem como objetivo abrir o diálogo com as empresas sobre inserção no mercado de trabalho de imigrantes e refugiados. Equipe do CATe disponibiliza atendimento especializado no departamento de captação de vagas. Empresas interessadas em contratar imigrantes e refugiados podem entrar em contato com o setor de Diversidade da SDTE

Por Andréa Garbim

A Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) realizou ontem o 1º Encontro com Empresas – dialogando sobre inserção de imigrantes e refugiados no mercado de trabalho. O evento, realizado no auditório do CATe Luz, recebeu mais de 200 pessoas entre empregadores de diversos segmentos, do representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em São Paulo, Paulo Sérgio Muçouçah e do coordenador de Políticas para Imigrantes, Paulo Illes.

O encontro contou com a parceria da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR); do Centro de Referência para Refugiados - Caritas; do Programa de Apoio para Recolocação dos Refugiados (PARR); do Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes (CRAI-SP), EMDOC e da Pacto Global.

Compuseram a mesa de cerimônia o secretário Artur Henrique, o secretário adjunto, Rogério Sotilli (SMDHC), Andrés Ramirez da ACNUR, João Marques da EMDOC, a representante da Caritas, Cristina Moreli e a gerente de Diversidade da SDTE, Luciana Cavalcanti do CATe.

O secretário Artur Henrique salientou que esse evento tem uma forte característica de ampliar o diálogo com as empresas, criando laços com o setor público e com os imigrantes, em conjunto com organizações e parcerias. “Isso é fundamental para construirmos políticas públicas em benefício da população de imigrantes e refugiados instalados em São Paulo”.

Rogério Sotilli, secretário adjunto de Direitos Humanos e Cidadania, enfatizou que a SDTE assumiu como sua tarefa o desafio para enfrentar as dificuldades na empregabilidade, na qualificação e na economia solidária, do ponto de vista dos direitos humanos. “É muito significativo participar de um evento como esse que discute o trabalho, empregabilidade e cidadania; e ajuda a população de imigrantes e refugiados a viver sua cidadania plena”.

O sócio fundador da EMDOC, João marques, disse que “os empresários estão começando a perceber a oportunidade de ampliar e mostrar a sua parte na sociedade - no que diz respeito à contratação desses profissionais”. O representante da ACNUR, Andrés Ramirez, afirmou que “o Brasil tem tudo para ser um dos países de maior abertura para avançarmos nesse tema; e São Paulo é um exemplo claro de como o crescimento e dinamismo tem tudo a ver com os imigrantes".

“Esse é um espaço que temos para tirar dúvidas das empresas sobre as formas de contratação e qualificação dos trabalhadores”, disse a gerente de diversidade da SDTE, Luciana Cavalcanti. Segundo Luciana, as orientações se baseiam na experiência dos serviços da prefeitura na intermediação das contratações dos estrangeiros.

Artur Henrique complementou que “esse diálogo é justamente para enxergarmos os limites da gestão pública que precisamos superar, ouvir quais são os problemas que os empregadores têm ao contratar imigrantes, entender cada situação e encontrar uma solução. O Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo está aqui para atende-los no que for necessário”.

Refugiado da República Democrática do Congo, Hidras Eula, de 20 anos, atualmente trabalha no CATe auxiliando no contato com outros estrangeiros. “Tem pessoas que vêm e falam sócréole [uma das línguas oficiais do Haiti]. Mas, como falo francês, eu sei como atender a essas pessoas”, afirmou o rapaz sobre a ajuda que dá aos imigrantes haitianos para que superem as barreiras da língua. “A integração no Brasil foi muito difícil, porque minha língua é o francês. Eu cheguei aqui e não sabia falar português.”

Hidras contou que deixou o Congo por causa da conjuntura política “complicada”. Hoje, pensando em um futuro melhor, Hidras faz aulas na faculdade de audiovisual, depois do trabalho. “Eu nunca pensei que um dia ia ter de trabalhar na limpeza”, disse, sobre seu primeiro emprego no Brasil.

“A ação é uma marca da gestão do prefeito Fernando Haddad, da participação, da construção coletiva, da união de ações concretas para melhorar a inclusão social, a empregabilidade dos imigrantes e refugiados, levando em consideração aquilo que as pessoas têm de experiência em suas vidas”, finalizou Artur.

Participaram do encontro os representantes das empresas: Cia Tradicional de Comércio, 4you2 Idiomas; Empregueafro; SKS Transportes; Inova Gestão de Serviços Urbanos, Sodexo, Rede Cidadã, Carrefour, Construrban Logística Ambiental, Escola de Educação Especial São Judas, Barbosa Supermercados, SGD Brasil Vidros, ADEPROS – Associação de Desenvolvimento de Programas Sociais, ME Consultoria, Loga, BK Serviços, Ecourbis Ambiental, Hospital do Coração, Almanara Restaurantes e Lanchonetes LTDA.

Central de Captação de Vagas - Unidade CATe Luz
Empresas interessadas em disponibilizar vagas de emprego, contam com a Central de Captação de Vagas, que atua internamente através de seus captadores.

Os empregadores podem cadastrar suas vagas nos CATes via telefone: 3397-1507 ou por e-mail: solicitacaodevagas@prefeitura.sp.gov.br. A unidade Luz fica na Avenida Prestes Maia, 913.

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