Artesanato paulista deve ganhar visibilidade com rede de economia solidária

Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, em parceria com a Unisol Brasil, começa a articular ações para a formação de rede solidária no ramo do artesanato. Próximo encontro será dia 8 de abril, quarta-feira

Por: Viviane Claudino

A Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), em parceria com a Unisol Brasil, realizou nesta terça-feira, 24, uma reunião com aproximadamente 50 pessoas interessadas em discutir assuntos relacionados ao artesanato em São Paulo. O próximo encontro será no dia 8 de abril, às 10h, na Galeria Olido, centro.

A iniciativa faz parte do projeto Economia Popular e Solidária e Empreendedorismo como Estratégia de Desenvolvimento, com a finalidade de promover discussões e articular ações para a criação de políticas públicas de fomento à economia solidária.

“Entendemos que existem inúmeras iniciativas dispersas por aí, precisamos apoiar e sistematizar isso. Avançar neste projeto também vai contribuir para a geração de emprego e renda para a população de São Paulo”, disse o coordenador do Desenvolvimento Econômico da SDTE, Luiz Barbosa de Araújo.

“Todo mundo é pequeno quando se está isolado, mas quando você se reúne e se articula em rede isso muda, porque a fragilidade de um às vezes pode ser a potencialidade de outro. Nossa intenção é descobrir o que há em comum para estruturar essas políticas”, completou o secretário-geral da Unisol, Leo Pinho.

Além do artesanato, os setores que participam desse projeto são: confecção e costura, cooperativismo social, reciclagem, turismo, economia criativa, agricultura urbana e segurança alimentar e nutricional.

No encontro, o grupo da rede solidária de artesanato definiu três comissões para discutir estratégias de melhorias no segmento, que tratarão dos temas, feiras e eventos, articulação com lojistas, entidades de apoio e identidade e valorização.

“O artesanato de outras regiões, como norte e nordeste do Brasil, por exemplo, tem uma identidade muito forte, o que não acontece aqui. Devemos estimular esse processo, para valorizar o que é produzido em São Paulo também”, disse Pinho ao falar sobre a visibilidade e valorização do artesanato paulista.

Participaram do encontro representantes do Projeto Tear, NASCE, Nutrarte e Brasilianas, as entidades de apoio União Popular de Mulheres, Ecotece, Design Possível, Rede Marista e Reciclázaro, além das entidades de comercialização SUTACO, Loja Social SMADS, FUNAP / Daspre e Núcleo de Economia Criativa (NEC) do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Empreendedores de municípios vizinhos, como o Bordadeiras do Jardim Conceição e Artosol (Osasco) e Ateliê Artes nas Cotas (Cubatão) também colaboraram para a discussão e troca de experiências.

Calendário para outros segmentos

Também estão agendadas as primeiras reuniões para os setoriais de Turismo (31 de março), Cooperativismo Social (2 de abril) e Economia Criativa (7 de abril). Já o terceiro encontro da rede de Confecção e Costura será no dia 1º de abril. Os debates acontecem das 9h30 às 12h, na Av. São João, 473, centro.