Artur Henrique participa da inauguração da 2ª central mecanizada de triagem de resíduos sólidos de SP

O equipamento processa 250 toneladas diárias de resíduos. Com a nova unidade, a capacidade de reciclagem triplica e chega a 7% dos resíduos gerados na cidade

Por Andréa Garbim

Na última terça-feira, 15, o Secretário Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), Artur Henrique acompanhou o prefeito Fernando Haddad, na inauguração da central mecanizada de triagem Carolina Maria de Jesus, localizada na Avenida Miguel Yunis, 345, em Santo Amaro, zona sul. Na oportunidade também estavam presentes o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a vice-prefeita, Nádia campeão, o Secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro e o Supervisor Geral do Abastecimento, Marcelo Mazeta, entre outras autoridades.

Nessa primeira etapa das atividades, a operação será feita em um turno diário de 7 horas, de segunda a sábado, inclusive feriados, com mínimo de 42 trabalhadores. O maquinário processa 250 toneladas diárias de resíduos sólidos; com a nova central, a capacidade de reciclagem triplica e chega a 7% dos resíduos gerados na cidade. A unidade tem área de 4.800 metros quadrados e maquinário importado da França. Sua capacidade é equivalente à somatória da produção das 21 cooperativas conveniadas com a Prefeitura, que já realizam manualmente o trabalho de triagem. O investimento foi de R$ 33 milhões.

A meta é que a coleta seletiva seja ampliada para mais oito distritos, ainda em 2014: Campo Limpo, Capão Redondo, Pedreira, Cidade Dutra, Grajaú, Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa e Jardim São Luís. Em mais de 40 dos 75 distritos atualmente atendidos, a coleta será universalizada para todas as ruas. “A SDTE entra nesse projeto em parceria com a Secretaria de Serviços fortalecendo ainda mais as cooperativas. Todo o material que chega à central de triagem, já sai pronto para ser vendido para as empresas”, explica Artur.

A receita dessa comercialização viabiliza um fundo de coleta seletiva e logística reversa, com inclusão dos catadores. Esse fundo será gerido por um conselho gestor formado por catadores, pela sociedade e pelo governo municipal. O fundo vai permitir a contratação de novos catadores e o pagamento dos serviços ambientais urbanos. “É um processo interessante de geração de emprego e renda à classe dos catadores de lixo que até então tinham que juntar toneladas para receber apenas centavos, digamos assim”, salienta o Secretário.

As diretrizes para a gestão de resíduos na cidade estão organizadas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo (PGIRS). Atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos, o plano lançado em abril deste ano estabelece metas e ações na área para os próximos 20 anos. O objetivo, em longo prazo, é reduzir ao máximo os rejeitos, materiais encaminhados para os aterros sanitários, que não recebem destinação de reutilização ou de reciclagem.

A triagem de resíduos e a Segurança Alimentar em São Paulo

Aproveitando o cenário de desenvolvimento na área de reciclagem de resíduos na cidade de São Paulo, o Secretário Artur Henrique reitera a questão dos resíduos das feiras livres. “Já estamos articulando uma proposta no que diz respeito à segurança alimentar. Esse tipo de resíduo é muito rico, pois são sobras de alimentos; e esse material gera um composto orgânico satisfatório como adubo. Hoje, nas 800 feiras, são geradas 40 toneladas de resíduos orgânicos – que, até então, não são aproveitados. E nós vamos começar a trabalhar isso também”.

Artur complementa que é possível criar um sistema de logística em que os feirantes ficam responsáveis por separar esses resíduos – que serão destinados às centrais de triagem. “Esse material se transformará em adubo (de muita qualidade) a ser entregue nas hortas comunitárias, incentivando a produção dos agricultores familiares das regiões de Parelheiros e Zona Leste, por exemplo. É imprescindível aproveitar esse ‘lixo rico’ na compostagem de adubos que servirão para plantar, colher e melhorar a qualidade do produto final vendido das próprias feiras, visando a segurança alimentar da população”, reforça.

O Secretário acrescenta ainda que há a possibilidade da implementação de um programa em que as escolas poderão visitar as centrais de reciclagem e conhecer todo o processo de triagem desde que o material chega às unidades mecanizadas. “Isso é muito importante para a educação alimentar, pois com essa proximidade, as escolas poderão ajudar as famílias na orientação às crianças em como separar o lixo e desde sempre colaborar com o meio ambiente”, finaliza.

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