Fundação Paulistana realiza palestra com a temática “Orçamento Base-Zero”

Encontrou reuniu funcionários da entidade, SMTE e Adesampa

Na manhã desta quarta-feira (12/07), a Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura organizou uma palestra para discutir sobre “Orçamento Base-Zero: a teoria e a experiência de implementação na Secretaria de Gestão”. A explicação foi comandada pela equipe da consultoria Galeazzi & Associados, representados pelo seu diretor, Sergio Cesari, e pelos consultores Delmar Setoni, Luiza Roland e Rafael Ramos. Também participou do encontro o secretário executivo da Secretaria Municipal de Gestão, Bruno Shibata.


O evento abordou o histórico do método Base-Zero, sua origem no governo americano e a experiência da implementação na prefeitura de Arlington. A reorganização do orçamento trouxe melhorias efetivas a médio e longo prazo para a gestão da prefeitura americana.


A metodologia do Orçamento Base-Zero foi explicada de forma didática para o público, composto por representantes da Fundação, da Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo (SMTE) e da Agência São Paulo de Desenvolvimento (Adesampa). A equipe realizou a explanação destacando que a ideia não é apenas cortar gastos, mas sim reorganizar o orçamento de uma forma participativa e inteligente, para que se possa administrá-lo em momentos posteriores. O ponto de partida é esquecer o histórico de despesas tradicionais e passar a justificar o motivo e a necessidade de cada gasto. Assim, passa-se a desconstruir, repensar, reinventar e priorizar as atividades e o dinheiro investido.


No caso da Secretaria de Gestão, o processo encontra-se na fase final de implementação e o secretário executivo, Bruno Shibata, ilustrou o processo de trabalhar com a consultoria. “O início do procedimento se dá com a definição do limiar, o qual pode ser entendido como os gastos mínimos para que a secretaria possa funcionar. Nesse limiar, leva-se em consideração folhas de salário, gastos fixos com equipamentos e mínimos legais”, explica. Em seguida, os gestores devem definir prioridades para que se possa incrementá-las nos gastos, até o limite orçamentário.

A prioridade nos gastos é feita pela Carta de Metas, a qual é definida pela liderança em questão, ou mesmo com base no projeto de governo. A partir desse documento, classificam-se as necessidades de cada gasto e elegem-se as prioridades.
Após a fase inicial de coleta de dados e definição de prioridades, vem a fase de implementação, na qual se colocam em prática as prioridades escolhidas e se cortam os gastos excessivos. O resultado apresentado foi não apenas um corte de gastos global, mas a adição de projetos chaves para a secretaria que não se encontravam contemplados pelo orçamento anterior.


A palestra contou ainda com uma roda de perguntas, onde os presentes discutiram a participação social na implementação do orçamento, a real eficácia e os possíveis desafios que aparecerão ao longo do caminho.