Parque de iluminação da cidade ganhará lâmpadas de LED

Iniciativa foi anunciada pelo prefeito Fernando Haddad em encontro com empresários. Prefeito destacou a importância do Plano Diretor e da renegociação da dívida para recuperação dos investimentos na capital

A cidade de São Paulo deve ter o seu parque de iluminação pública completamente reformado, com as atuais lâmpadas de sódio substituídas por lâmpadas de LED, que têm durabilidade cinco vezes superior e economia de energia em torno de 70%. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (31) pelo prefeito Fernando Haddad, em conversa com empresários na Vila Leopoldina, zona oeste da capital. A reforma será feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e, de acordo com o prefeito, o investimento deve ser pago pela economia de energia proporcionada pelo LED e também pela diminuição dos gastos com manutenção, uma vez que a vital útil de uma lâmpada de LED é superior à de sódio.

"Nós vamos nesse ano licitar a reforma de 100% de luminárias de LED na cidade de São Paulo, trocando (as lâmpadas de) vapor de sódio por LED. É a iluminação da Faria Lima que vai se espalhar pela cidade inteira, colocando São Paulo na vanguarda no que diz respeito à iluminação no mundo", afirmou o prefeito.

Após a realização de um chamamento público no fim do ano passado, a Prefeitura recebeu 11 projetos, que estão sendo analisados. Até julho a administração municipal deve lançar um edital de licitação. "Com muito esforço, conseguimos contratar até o final do ano e com isso nós iniciaríamos 2015 com todo o parque sendo substituído", disse Haddad.

Durante o encontro com empresários, o prefeito destacou ainda dois grandes projetos fundamentais para que a cidade recupere o protagonismo no que diz respeito aos investimentos públicos: a aprovação do Plano Diretor Estratégico (PDE), que atualmente é discutido na Câmara Municipal, e a aprovação do projeto de lei de reestruturação da dívida do município com a União, que hoje tramita no Senado.

Sobre o PDE, Haddad lembrou que o projeto é fundamental para a reorganização urbana de São Paulo, ação que precede a melhoria da qualidade de vida de seus munícipes. "A nossa cidade é marcada pelo desequilíbrio e os números falam por si só: 70% dos empregos da cidade estão concentrados em cinco subprefeituras", apontou. Entre as medidas e mudanças previstas pelo documento está o adensamento populacional em eixos de transportes de massa, iniciativa que visa aproximar os munícipes dos locais de trabalho.

Segundo o prefeito, tão importante quanto a aprovação do PDE é a renegociação da dívida do município, que hoje alcança a marca de R$ 80 bilhões, valor mais de 25 vezes superior ao valor arrecadado pela cidade por mês, que é de R$ 3 bilhões. "Alguns economistas, na minha opinião equivocadamente, têm dito que isso tem impactos fiscais que comprometem a meta de superávit. Nós estamos fazendo um grande esforço para mostrar que não tem. Que isso vai permitir uma repactuação federativa, com 176 municípios e vários estados, sem nenhum comprometimento do superávit primário. O Senado está ouvindo as partes para formar o juízo e compreender que esse projeto é importante para o Brasil, para a Federação, e que não vai comprometer de maneira nenhuma as metas fixadas pelo Governo Federal", afirmou o prefeito.

Transportes
O prefeito lembrou durante a reunião que 220 quilômetros de BRTs (transporte rápido com ônibus, na sigla em inglês), o equivalente aos corredores de ônibus, estão sendo licitados e que a Prefeitura tem também contribuído com investimentos no Metrô, de responsabilidade do Governo Estadual. Em março, Município e Estado firmaram convênio para a expansão das linhas 15 (Prata) e 17 (Ouro), a partir do qual a administração municipal investirá R$ 360 milhões nas obras do monotrilho.