Consolação: atraente por sua diversidade cultural

O bairro é um dos mais frequentados pelos paulistanos

Em 1779, um grupo de devotos de Nossa Senhora da Consolação construiu uma capela em homenagem à santa e atraiu um pequeno grupo de pessoas para povoar as margens da estrada que ligava a rua Direita, no centro, ao povoado indígena de Pinheiros. Essa estrada teve diversos nomes como Caminho do Aniceto e rua dos Taques até se chamar rua da Consolação.

Vinte anos depois, a igreja foi reconstruída e a capela deu lugar a um templo maior, que, em 1840, passou por uma reforma. No inicio do século XX, a igreja, que foi demolida, deu lugar a um templo bizantino, de Maximiliano Hehl. Em 1958, foi inaugurado o cemitério da Consolação em um terreno doado pela Marquesa de Santos.

Depois da construção da igreja foi inaugurada a Irmandade da nossa Senhora da Consolação e São João Batista. A instituição tratava de pessoas com doenças graves que vagavam pelas ruas do bairro. O Barão de Tietê e a Santa Casa de Misericórdia reconheceram a iniciativa e doaram ao grupo um prédio onde passaram a tratar de pessoas com mal de Hansen (lepra).

A rua da Consolação também passou por diversas transformações. Nos anos 60 o leito da rua foi ampliado ganhando características de avenida no trecho entre a rua dona Antonia de Queirós e a avenida Paulista. Para garantir a reforma, o prefeito Faria Lima desapropriou uma área de 21.600 m2 no lado ímpar da rua.

A rua Augusta é ponto de diversão para pessoas de todas as idades. O bairro de origem religiosa atrai as mais diversas tribos urbanas de São Paulo, e oferece muitas opções culturais. São bares, cinemas, teatros, boites e casas noturnas, que tocam do MPB ao Techno.

Skatistas de toda a cidade querem treinar suas manobras na praça Roosevelt. Depois de uma reforma que durou cerca de dois anos, a praça tornou-se a skate plaza mais cobiçada pelos adeptos do esporte que, segundo a Confederação Brasileira de Skate (CBSk), já é o segundo esporte mais praticado da cidade, perdendo apenas para o futebol.

Ainda na Roosevelt, grupos teatrais como os Sátyros atraem os apaixonados pela arte da interpretação em montagens e adaptações que emocionam, divertem e prendem a atenção desse público que vem crescendo nos últimos anos.

Em dias de jogos, torcedores vestem seus uniformes e invadem a praça Charles Muller para assistir aos jogos de futebol no estádio Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu. Imagens e objetos da história do futebol brasileiro também podem ser vistas no Museu do Futebol, que funciona dentro do estádio.

Mas o Pacaembu também abriga um complexo esportivo que inclui uma piscina olímpica aquecida, um ginásio poliesportivo, um ginásio de saibro coberto, uma quadra externa de tênis, uma quadra poliesportiva externa com iluminação e três pistas de cooper com 500, 600 e 850 metros. Além de atender a população gratuitamente o clube conta com duas salas de ginástica e um posto médico.

A vila Buarque abriga a biblioteca Monteiro Lobato que foi criada em 1936 por um grupo de intelectuais liderados por Mario de Andrade. Na época, o escritor era diretor do Departamento Municipal de Cultura. É o acervo infantil mais antigo do Brasil e serviu de inspiração para outras bibliotecas do gênero no interior do Estado e no país. A homenagem ao autor do Sítio do Pica-Pau Amarelo só aconteceu em 1955.