Saúde em Movimento visita imóveis na zona Norte em ação contra a dengue

Em quatro dias, mais de 12.500 casas foram visitadas na região. Antes de visitar as casas, Padilha conversou com os agentes que estavam reunidos na UBS Jardim Paulistano

Em mais uma ação do Saúde em Movimento, o secretário Municipal da Saúde, visitou no sábado (14/11), junto com o coordenador da Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRSN)  e dos agentes de zoonoses e agentes comunitários de Saúde, casas do Jardim Paulistano, periferia da zona Norte, que tiveram algum caso de suspeita de dengue notificado, assim como, imóveis de pessoas que foram infectadas.

O objetivo é identificar se houve mudança de hábito, orientar quanto aos perigos da doença e da manutenção de criadouros. De 9 a 13 de novembro, foram visitadas 12.628 na CRS Norte, sendo 4.305 na Supervisão de Vigilância em Saúde (Suvis) Freguesia do Ó/Brasilândia.

Antes de visitar as casas, o secretário conversou com os agentes que estavam reunidos na UBS Jardim Paulistano

Eles explicaram um pouco sobre a rotina, as dificuldades encontradas durante as visitas, as recusas, os casos mais comuns e persistentes de criadouros. Os profissionais chegaram à conclusão de que é necessário agir ainda mais, pois mesmo depois de a região ter registrado muitos casos, os moradores ainda estão muito resistentes e insistem em hábitos prejudiciais.

Criadouros ocultos

'Bebedouro do cachorro ou do gato continua sendo um problema', disse o secretário. Vasilha deve ser lavada com bucha a fim de eliminar os ovos

O secretário sobre a importância dessas visitas em todas as regiões do município, principalmente, nas mais afetadas no último verão, como é o caso da região da Brasilândia. “Essa é uma área de altíssima concentração da nossa ação. Visitamos casas que já tiveram casos de dengue. As pessoas até melhoraram o cuidado, não têm mais os pratinhos das plantas, mas o bebedouro do cachorro ou do gato continua sendo um problema. A pessoa troca todo o dia a água e acha que isso é suficiente, mas não é. A vasilha tem que ser lavada. Tem que esfregar a bucha nas laterais para tirar os ovos que ficam no local”, disse.

Mudança de comportamento

Para o coordenador da CRS Norte, essa ação é importante e visa verificar se houve mudança de comportamento dos moradores. “Já que a pessoa teve a dengue, espera-se que seja mais uma aliada no combate à doença. Com as visitas, a gente também faz com que a população desperte para a gravidade da situação. O indivíduo começa a se prevenir e passa a envolver outras pessoas e, assim, formamos um grande grupo para combater o Aedes Aegypti, mosquito que transmite outras doenças além da dengue, como Chicungunya e a febre Zika”, explicou o coordenador.

Agente de zoonoses encontrou larvas no bebedouro do cachorro durante visitas realizadas na manhã de sábado (14/11)

‘Nosso trabalho é bater na mesma tecla até conseguir’

De acordo com o agente de zoonoses, Eliseu Nivaldo Dias, apesar de todo o processo de conscientização, ainda são encontrados muitos criadouros durante as visitas. Os principais são os materiais inservíveis, como garrafas e pneus. “A pessoa sempre acha que vai precisar desse tipo de material e deixa lá, armazena de maneira incorreta, não deixa em local protegido de chuva. A gente sempre pede para que dispensem, mas, em outras visitas identificamos que o número de inservíveis sempre aumenta. São raras as casas que a gente visita e a pessoa apresenta, realmente, mudança de hábito. Mas é assim, nosso trabalho é bater na mesma tecla até conseguir”, comentou Dias.

Da Secretaria de Saúde

Por Keyla Santos 
Fotos: Edson Hatakeyama