Prefeito anuncia retomada das obras viárias que ligarão Pirituba à Lapa, após 3 anos de paralisação pela Justiça

Estrutura é reivindicada pelos moradores há mais de 40 anos e vai beneficiar 78 mil pessoas diariamente; tempo de trajeto entre terminais Pirituba e Lapa será encurtado em até 36 minutos por dia

O prefeito Ricardo Nunes anunciou nesta quinta-feira (18), durante a ação Prefeitura Presente, a retomada da construção do complexo viário Pirituba-Lapa, fundamental para desafogar o trânsito entre os dois bairros. O prefeito ressaltou que a obra já estaria atendendo à população se não fosse a paralisação imposta pela Justiça em abril de 2020.

“Nesta data era para estarmos utilizando essa obra, não reiniciando”, disse o prefeito. “Não é razoável, não é aceitável que a Justiça pare uma obra por quase quatro anos tirando o direito de as pessoas utilizarem”, completou Nunes. Com prazo de execução previsto para dezembro de 2026, a obra vai receber um investimento de R$ 367 milhões.

Reivindicado pelos moradores de Pirituba há mais de 40 anos, o empreendimento, que irá interligar os dois lados da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães por uma ponte sobre o Rio Tietê, beneficiará cerca de 78 mil pessoas que utilizarão o acesso diariamente.

“Essa retomara trará não só soluções para mobilidade da região, mas, também, qualidade de vida e, principalmente, o desenvolvimento econômico. A obra irá gerar 400 vagas diretas de emprego e mais de 2 mil vagas de empregos indiretos”, explicou o diretor-presidente da SPObras, Taka Yamauchi.

Estudos de Tráfego mostram que, com o remanejamento de linhas de ônibus da região para o novo viário, os usuários do transporte público terão suas viagens encurtadas em até 36 minutos por dia entre os terminais Pirituba e Lapa. Já os usuários do transporte individual ganharão cerca de 15 minutos diários.

Importante do ponto de vista econômico e financeiro para a região, a construção vai desafogar o trânsito nas pontes da Anhanguera e do Piqueri, assim como nas conexões com a Marginal Tietê, proporcionando novas alternativas nos deslocamentos diários.

Essas mudanças reduzirão o tempo de viagens, darão maior fluidez na circulação do transporte público, de pedestres, de ciclistas e de veículos, gerando mais mobilidade e melhoria na qualidade de vida da população.

 

 

Ações Planejadas

O projeto prevê a implantação de uma ponte sobre o rio Tietê e seus acessos, totalizando 900 metros de extensão para a interligação entre os bairros de Pirituba e Lapa. A estrutura terá início na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na altura do condomínio Projeto Bandeirante, e seguirá pela Vila Anastácio até a Rua Campos Vergueiro. Ela contará com mão dupla, ciclovia e faixa exclusiva para ônibus.

Além da construção da ponte, o projeto completo também abrange a implantação de três quilômetros de ligação viária.

O trecho da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães que percorre a Vila Anastácio, atual gargalo de saída do bairro da Lapa para a Marginal Tietê, será alargado e receberá as seguintes melhorias em toda sua extensão:

  • Três faixas de circulação em ambos os sentidos, sendo uma faixa exclusiva para ônibus;
  • Canteiro central com ciclovia;
  • Obras de 900 metros de galerias de drenagem complementares para garantir a captação adequada das águas pluviais.

Também estão previstas a construção de um binário de acesso ao Terminal Lapa e de uma nova passagem inferior sob a linha férrea da CPTM (Linha 8 – Diamante), com faixas para veículos, ônibus, passeio para pedestres e ciclovia.

 

 

Histórico

As obras do complexo viário Pirituba-Lapa foram suspensas em 9 de abril de 2020 por decisão judicial, após liminar obtida pelo Ministério Público pedindo a anulação da licença ambiental e a ordem de serviço da construção. Desde a paralisação, foram gastos de cerca de R$ 3,5 milhões com serviços de manutenção e segurança nos canteiros desativados. “O maior prejudicado foi a população. Essa obra já era para estar pronta, mas ficou parada três anos e meio. E tivemos prejuízo financeiro”, lembrou o prefeito, que destacou os gastos por ter de “tomando conta de uma obra parada”.