Zona Azul Digital começa a funcionar nesta segunda-feira

Motoristas poderão adquirir créditos para estacionar nas vagas do sistema de estacionamento rotativo por meio de aplicativos de celular

 Os motoristas que circulam pela Capital já podem, utilizar aplicativos de celular para fazer o pagamento da Zona Azul e estacionar em uma das quase 40 mil vagas rotativas espalhadas pela cidade. A cobrança por meio eletrônico foi autorizada por meio de decreto publicado no Diário Oficial .

Os aplicativos oferecem comodidade aos condutores, evitando problemas no acesso ao cartão de papel e dificuldades para a renovação do período de estacionamento contratado, além de ajudar a coibir a falsificação e o comércio ilegal de cartões. O sistema implantado em São Paulo é inédito na América Latina.

Para utilizar a Zona Azul Digital, o motorista precisa baixar um dos três aplicativos aprovados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET): Estacionamento Eletrônico e Digipare, que são compatíveis com o sistema Android; ou o Vaga Inteligente, que atende aos usuários de Android e iOS. Nos aplicativos, é necessário realizar um cadastro com login (CPF/CNPJ), senha, dados cadastrais e placa do veículo. Um mesmo usuário poderá realizar o cadastro de várias placas.

Ao parar em uma vaga, o condutor precisa informar no sistema a placa do veículo estacionado e o tempo que deseja adquirir para permanecer no local. Caso o período vença, o motorista poderá renovar o crédito à distância –os aplicativos têm um alerta que pode ser programado pelo usuário para ser avisado quando o tempo solicitado estiver expirando.

O preço da Zona Azul permanece o mesmo, de R$ 5 por período, que pode ser de 30 minutos a quatro horas –o tempo varia de acordo com a localização. Também há a possibilidade de comprar um pacote de créditos com desconto: 10 cartões digitais custam R$ 45,00. O pagamento por aplicativos, por enquanto, só pode ser feito com cartão de crédito.

Para fiscalizar as vagas, serão utilizados equipamentos eletrônicos que possibilitam verificar o registro digital. O agente digita a placa do veículo e é informado se houve a ativação de crédito para aquela placa, inclusive por qual período.

A Prefeitura planeja, para uma segunda etapa, a implantação da compra dos créditos digitais em pontos de venda, como bancas de jornal. Assim, o usuário não precisará de celular ou internet para utilizar o sistema digital. Deverá apenas informar ao estabelecimento comercial a placa do veículo e adquirir o crédito, sem ter que retornar à vaga.

O pagamento digital é mais prático e seguro, evitando o comércio de talões falsificados e cobranças irregulares acima da tabela, praticadas por flanelinhas. A CET estima que, somente em 2015, o município perdeu mais de R$ 58 milhões em arrecadação por conta das fraudes.

Mesmo com a criação do sistema digital, os talões de papel continuam valendo em toda a cidade.