UBS Cangaíba recebe tenda para tratar casos de suspeita de dengue, chikungunya e zika

Penha é a segunda região mais afetada na cidade

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) apresentou no dia 23 de fevereiro um balanço sobre a situação de transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus na cidade de São Paulo, durante o mês de janeiro. Segundo os dados, foram notificados 5.877 casos de dengue em toda a cidade nesse período. Destes, 827 foram confirmados. A região mais afetada foi a zona leste, com mais de 70 casos na terceira semana do mês, sendo Lajeado e Penha os locais mais atingidos.

Como os casos aumentaram 16% em comparação ao mesmo período de 2015, a Prefeitura inaugurou, em 24 de fevereiro, uma tenda de apoio ao atendimento de pacientes com suspeita de dengue no distrito de Cangaíba e outra em Lajeado, Guaianases. Com capacidade média de 180 atendimentos por dia, as tendas são anexas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Funcionam de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h e serão instaladas, progressivamente, nos distritos de maior incidência de casos.

Parte integrante do Plano de Contigências da dengue, as tendas serão instaladas nas regiões em que os casos suspeitos de dengue, Zika vírus e chikungunya sejam superiores a 40% da capacidade de atendimento das UBS e AMAs. Um dos objetivos com a instalação das tendas relaciona-se à agilização dos serviços, já que desafogam UBS e AMA nas regiões que concentram o maior número de casos de dengue e permitem o atendimento imediato.

As unidades de saúde foram orientadas e qualquer pessoa que apresentar febre, dores e, às vezes, manchas na pele, têm atendimento prioritário e devem ser encaminhadas para as tendas com o cartão dengue, que indicará o histórico de atendimento, medicação prescrita e visitas às unidades. A instalação das tendas antecede o período de março e abril, que historicamente marca o aumento de casos de dengue no município. Evita também que a alta na procura prejudique o atendimento usual. Com equipe formada por clínicos, pediatras, enfermeiro e técnicos de enfermagem, as instalações provisórias permitem a realização de triagem, atendimento clínico, medicação, hidratação e hemograma dengue, que possibilita a verificação do nível de plaquetas e gravidade dos casos.

Para o atendimento dos pacientes contaminados pelo vírus da dengue, os profissionais prescrevem a hidratação e medicamentos que proporcionem o alívio dos sintomas. A solução é a Prefeitura e a população trabalharem em conjunto e diariamente na eliminação de criadouros, que estão principalmente dentre de casa. Eunice Elizabete dos Santos é moradora de Cangaíba. Já aprendeu os cuidados para evitar criadouros do mosquito. “O agente de zoonoses já vistoriou a minha casa e lá está tudo certo. Eu guardo água da chuva para economizar na conta, mas mantenho todos os galões fechados e a caixa d’água também está com tampa. Minhas plantas ficam num canteiro e a água que cai, a terra consome”, afirmou Eunice.