M'Boi Mirim e outras 31 subprefeituras ganharão Parklet

A mini praça será instalada na Rua Marcelino Coelho, no distrito do Jardim Ângela

Com o objetivo de ampliar e distribuir a oferta de espaços públicos de convivência, descanso e lazer na cidade de São Paulo, a Prefeitura irá iniciar ainda neste mês a instalação de 32 novos parklets, plataformas instaladas como extensões temporárias de calçadas, formando uma minipraça. Será instalado um novo equipamento público por subprefeitura, e a expectativa é que toda a implementação seja concluída até o fim de 2016.

Os novos equipamentos vão se juntar aos 67 já instalados em São Paulo pela iniciativa privada em regiões comerciais e gastronômicas, recebendo estruturas como bancos, cadeiras, mesas, floreiras, jardins, guarda-sóis e aparelhos para a prática de exercícios físicos.

A escolha dos locais de cada parklet público foi realizada entre as 32 subprefeituras e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), por meio da SP Urbanismo. Entre os locais que receberão os equipamentos estão o M'Boi Mirim, na Rua Marcelino Coelho, na altura do 297.

Conheça os locais que receberão os parklets que serão implantados pela Prefeitura

Considerados extensões da calçada, os parklets ocupam área de até 10 metros de extensão por 2 metros de largura, colocados em local de estacionamento. Apesar de a maioria dos equipamentos existentes serem mantidos por empresas privadas, todos são espaços públicos e gratuitos, que podem ser usufruídos por qualquer cidadão paulistano. O contrato com a vencedora da licitação, a empresa GP Comércio e Distribuidora de Mobiliário LTDA, foi firmado no início de setembro com a SP Obras.

Parklets

Criados em São Francisco, nos EUA, os parklets surgiram como forma de converter vagas de estacionamento dos automóveis na via pública em áreas recreativas temporárias, estimulando a discussão do uso dos espaços da cidade de forma mais equilibrada. No Brasil, o conceito de parklet surgiu em São Paulo, em 2012. A primeira implantação aconteceu no ano seguinte, liderada por um grupo composto por arquitetos, designers e ONGs.

A instalação dos parklets pode ser de iniciativa da Administração Pública ou de qualquer munícipe (pessoa física ou jurídica). No caso dos entes privados, a solicitação deverá ser feita à subprefeitura competente, junto com um termo de compromisso de instalação, manutenção e remoção do parklet. Caberá também à subprefeitura averiguar a conveniência do pedido e publicar edital destinado a dar conhecimento público do mesmo.

Os custos financeiros referentes à instalação, manutenção e remoção do parklet são de responsabilidade exclusiva do mantenedor. Para a instalação, a proposta deverá atender às normas técnicas de acessibilidade, diretrizes estabelecidas pela Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) e pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU). Entre as restrições estão, por exemplo, a instalação de parklets em locais onde haja faixa exclusiva de ônibus, ciclovias ou ciclofaixas ou em vias com limite de velocidade acima de 50 km/h.