Prefeitura segue com ações para minimizar transtornos causados pelas chuvas

Na região do Córrego Ponte Baixa, as obras já colaboram para a diminuição das enchentes na avenida Guido Caloi, nas travessias das ruas Frederico Grotte, José Barros Magaldi e outras vias do entorno.

 A Prefeitura de São Paulo continua com os trabalhos envolvendo as secretarias de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), Transportes (SMT), Comunicação (Secom), Coordenação das Subprefeituras (SMCS) e Defesa Civil para minimizar os impactos do período chuvoso na vida dos paulistanos. Lançada em novembro, a Operação Chuvas de Verão 2014/2015 conta com obras de micro e macro drenagem, reforma da rede semafórica, além de ações de comunicação para orientar os cidadãos.

Atualmente, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras possui três grandes obras de drenagem, sendo Ponte Baixa, Cordeiro (fase 1) e Sumaré/Água Preta. Além disso, ao longo dos últimos meses, a pasta analisou os pontos de alagamentos reincidente em toda a cidade. Dos 43 pontos identificados, 32 já possuem algum plano de intervenção, com obras contratadas, em projeto ou aguardando recursos. Os 11 pontos restantes serão encaminhados junto a uma segunda fase do Programa de Redução de Alagamentos, que prevê um investimento do governo federal, via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de R$ 133 milhões.


Obras em córregos e bacias
Para atender demandas históricas em regiões que sofrem com alagamentos na cidade, as intervenções de drenagem recebem na atual gestão R$ 4,8 bilhões em investimentos que ampliarão a capacidade de armazenamento de água da cidade em 50%, de 4,7 milhões de metros cúbicos para 7,2 milhões de metros cúbicos.

Mesmo sem estarem concluídos, os dois piscinões que estão sendo construídos no Córrego Cordeiro já resolveram o problema de enchentes neste verão em ruas como a Ítalo Francheschi e Durval Pinto Ferreira.

Na região do Córrego Ponte Baixa, o alargamento do canal de 4 para 16 metros em quase 2 quilômetros já colaborou para a diminuição das enchentes na avenida Guido Caloi, nas travessias das ruas Frederico Grotte, José Barros Magaldi e outras vias do entorno.

Está em curso as obras os córregos Zavuvus (zona sul), Ipiranga (zona sul), Aricanduva (zona leste) e, em breve, a do córrego Tremembé (zona norte) . Estes empreendimentos envolvem obras de controle de enchentes, que devem aumentar a capacidade de drenagem em regiões que tradicionalmente sofrem com problemas de cheias. Somando as obras em andamento (Ponte Baixa, Cordeiro, e Sumaré/Água Preta), e ainda com as três últimas obras a serem publicadas (córrego Cordeiro fase 2, córrego Verde/Abegoária, e Córrego Morro do "S" / Freitas), a previsão é que a reserva de água aumente em 52%.


Mapa das intervenções de macrodrenagem na cidade:


Programa de Redução de Alagamentos (PRA)


O Programa de Redução de Alagamentos já entregou mais de 40 obras de microdrenagem, em que foram investidos R$ 43 milhões. Mais 20 obras estão em andamento e quatro terão início em um mês. Na segunda fase do programa, financiada em parceria com o governo federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mais 13 obras serão iniciadas em maio e receberão investimentos de R$21 milhões. Clique aqui e acompanhe as obras.

O objetivo do PRA é realizar obras de contenção de margens, construção de trechos de galerias de águas pluviais, canalização de trechos de córregos em regiões de maior risco de alagamento, dentre outras obras que irão minimizar o impacto das chuvas nestas áreas. Até o momento, todas as obras do PRA que já foram concluídas resolveram os problemas pontuais de enchentes em suas regiões, como no Largo São Rafael, região da Mooca.


Mapa de Obras e Programa de Redução de Alagamentos

 

Reforma Semafórica
A Prefeitura de São Paulo tem em andamento um Plano de Recuperação Semafórica da cidade, que visa minimizar os problemas de trânsito com na ocorrência de chuvas. O projeto “DNA Semafórico” conta com um levantamento completo de todos os semáforos da capital, inclusive com fotos. Este plano, que tem como objetivo modernizar e revitalizar o sistema, com ações de engenharia e infraestrutura, conta com o investimento de R$ 220 milhões (2013-2016).

Dos atuais 6.180 cruzamentos semaforizados da cidade, 4.422 (72,7%) foram reformados até novembro de 2014. Mais de mil nobreaks estão em funcionamento nos semáforos, sendo 948 instalados desde 2013, por meio de licitação. A cidade conta também com 579 semáforos que funcionam por meio de controladores e 500 com tecnologia GPRS Módulo de Comunicação.

Antes do início da reforma, o índice máximo de semáforos que deixavam de funcionar ao mesmo tempo chegava a 10%. Hoje esse índice é 0,7% em dias normais e de 1,5% em dias de chuva e a meta é que o número chegue a 0,5% e 1%, respectivamente.


Faixas e placas informativas
Quanto a sinalização viária para orientar motoristas e pedestres sobre os riscos de alagamentos, a Prefeitura implantou 148 banners em 75 locais com maior possibilidade de alagamentos na cidade. As placas confeccionadas trazem as seguintes informações: “Área sujeita a alagamento” e “Proibido Estacionar – Sujeito a Alagamento”.


CET na operação
A CET realiza anualmente operação especial de emergência nas situações de enchentes ou alagamentos, ativada com base nos estados de criticidade decretados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

A partir da implantação do Estado de Atenção, os agentes de trânsito são deslocados para pontos estratégicos do sistema viário, para observar o nível dos rios e locais com possibilidade de alagamento. Se necessário, podem ser efetuados bloqueios de vias utilizando materiais de canalização previamente distribuídos em campo.

O objetivo principal da Operação Chuvas de Verão da CET é adotar ações preventivas para evitar que os veículos adentrem em vias alagadas, oferecendo-lhes alternativas para circulação e, assim, garantir a mobilidade de pessoas e bens com segurança.

A atuação dos marronzinhos não se limita à operacionalização de bloqueios. Para organizar e orientar o fluxo de veículos, proporcionado condições de circulação com segurança a motoristas, passageiros e pedestres, eles podem além de interditar uma via ou cruzamento que esteja sob a iminência de alagar, planejar e indicar desvios ou rotas alternativas, prestar socorro a veículos quebrados, remover interferências viárias e fazer a operação manual dos semáforos apagados por falta de energia. Recursos materiais como cavaletes, bombas d'água e guinchos estão sempre posicionados para dar apoio à operação nesses momentos.


Monitoramento das Áreas de Risco
Todos os 648 setores prioritários de áreas mapeadas como R3 (Risco Alto) ou R4 (Risco Muito Alto) estão sendo monitorados pela Defesa Civil, assim como as 618 áreas que apresentam risco R1 (Risco Baixo) ou R2 (Risco Médio). Além disso, as áreas que apresentam indícios ou evidências, também são verificadas mediante solicitação de qualquer munícipe.

O órgão também monitora novas áreas de ocupação, piscinões, córregos, pontos viciados de descarte irregular de lixo e entulho, com o apoio de agentes da CET, Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Ambiental, das secretarias de Saúde e do Verde e Meio Ambiente.


Ações de zeladoria
Em um trabalho envolvendo 62 equipes de trabalho com mais de 700 profissionais, a Prefeitura realizou entre novembro de 2014 e fevereiro de 2015 a limpeza de 282.552 bocas de lobo, 317.102 ramais e 117.926 galerias. Nas áreas de contenção e corrente de água, 1.875.998 metros de córregos passaram por limpeza e 46.582 metros cúbico de entulho foram retirados de piscinões.


Podas e remoções de árvores
Com o intuito de se preparar para as chuvas de verão, a Prefeitura realiza mensalmente podas e remoções de árvores com risco de queda. Entre novembro de 2014 a fevereiro de 2015, mais de 27 mil árvores foram podadas e 5.192 tiveram que ser removidas.

De 11 de novembro a 4 de fevereiro, foram registradas 1.765 quedas de árvores. Os laudos pós-queda apontam que 62% delas estavam sadias. Apenas nos dias 29/12, 30/12, 12/01 e 14/01 foram registradas 43% das quedas, referente a 738 árvores.

Nas árvores doentes, havia problemas como fragilidades decorrentes da idade avançada e infestação de pragas. Intervenções de concessionárias e fatores climáticos (rajadas de vento acima de 60 km/h, chuvas intensas, etc.) também potencializam o risco de queda.


Informações em tempo real
As ações de comunicação da Operação foram planejadas com estratégias de publicidade e de jornalismo com o objetivo de informar a população sobre o impacto e os efeitos das chuvas.

Durante as chuvas, as informações são divulgadas em tempo real por meio do twitter @saopaulo_agora, pelos relógios espalhados pela cidade (no visor das horas), e por boletins difundidos pela Secom para as emissoras de rádio com informações sobre os estados de Alerta e Alerta Máximo, situação da mobilidade na capital e ocorrências (como pontos de alagamento, queda de árvores, funcionamento de semáforos e suspensão do fornecimento de energia elétrica).

No portal da Prefeitura, um painel sobre a foto principal traz as informações que o munícipe precisa para se deslocar pela capital: clima, trânsito, qualidade do ar e placas de rodízio, em tempo real. Em caso de a cidade entrar em estado de atenção, alerta ou alerta máximo, o painel fornece informações complementares como árvores caídas, semáforos em manutenção, pontos de alagamento e alterações no transporte público.


Previsão do tempo
Durante todo o ano, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) realiza o monitoramento 24 horas de chuvas, temperatura, umidade do ar e pontos de alagamentos. Na Operação Verão, isso permite a emissão de alertas durante as chuvas intensas e enchentes para a intervenção em outros órgãos, como Defesa Civil, CET, Corpo de Bombeiros, subprefeituras, munícipes e a imprensa.