Capital Paulista ganhará 85 novos pontos de cultura que serão espalhados por diversos pontos da cidade

Ideia principal é que, com o apoio federal, organizações ampliem ainda mais as manifestações artísticas e a cidade tenha com isso 300 novos pontos até o final da gestão do atual prefeito

A Prefeitura de São Paulo lançou na última quarta-feira, dia 18 de junho, a rede de Pontos de Cultura, programa de reconhecimento e fomento de iniciativas comunitárias que irá oferecer apoio financeiro e capacitação a 85 entidades culturais. A criação da rede integra o Programa de Metas 2013-2016 (meta 30). Com isso, todas as regiões da cidade foram contempladas na construção dessa rede, sendo beneficiadas preferencialmente iniciativas na periferia ou que atendam a populações em situações vulneráveis.

Para o secretário de cultura, esses pontos estimulam um processo de democratização da cultura. E assim, em parceria com o Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura (MinC), a rede irá apoiar outras práticas culturais pré-existentes de grupos e associações culturais, por meio de repasse direto de recursos públicos. Em São Paulo, por exemplo, em dois anos o programa investirá R$ 15,3 milhões, dos quais R$ 9,3 milhões da Prefeitura e R$ 6 milhões do MinC.

E mais, cada Ponto de Cultura selecionado desenvolverá suas atividades pelo período de dois anos, entre 2014 e 2015, e receberá através disso diversos recursos no valor de R$ 160.000,00. Para Thiely Queen, do Coletivo hip-hop mulher, esses recursos são uma oportunidade a mais para os grupos contemplados ampliarem seus trabalhos. “Nós vamos ampliar ainda mais nossa rede virtual e fortalecer nosso espaço em São Miguel Paulista”, planeja Thiely, cuja entidade oferece oficinas e formação para mulheres ligadas ao movimento hip hop.

Já para a seleção dos projetos, são priorizadas ações em regiões com pouca estrutura de equipamentos culturais públicos, alta densidade populacional e altos índices de vulnerabilidade social. A quantidade de vagas foi distribuída proporcionalmente de acordo com o tamanho da população de cada macrorregião, sendo cinco na região central, 14 na zona norte, oito na zona oeste, 29 na zona leste e 29 na zona sul. Como a região norte não atingiu o número de projetos previsto previamente no edital, três vagas remanescentes foram destinadas às organizações de maior pontuação, independentemente de sua localização.

Para quem não sabe, as entidades apoiadas promovem ações de música, artes visuais, artes plásticas, audiovisual, teatro, dança, moda, circo, música, literatura e até mesmo processos de cultura na sua dimensão antropológica, como modos de vida e consolidação de identidades. De acordo com o secretário, o objetivo é chegar a 2016 com uma rede de mais 300 novos pontos de cultura na cidade.

Lembrando que o primeiro edital do programa, lançado no início deste ano, recebeu 236 inscrições, com o resultado final sendo publicado no último dia 10 de junho. Participam dessa rede organizações sem fins lucrativos sediadas na cidade, com CNPJ aberto há pelo menos três anos, que desenvolvam atividades culturais de forma continuada.