Viadutos de interligação estão com obras em ritmo acelerado na Ponte Baixa

Obras viárias que contemplam a execução de vias ao lado do canal, entre a av. Guido Caloi e r. Daniel Klein, já em construção.

Primeira etapa do conjunto de obras com previsão de entrega para setembro deste ano. Fotos: Márcia Brasil

O empreendimento denominado Ponte Baixa situa-se na região do M’Boi Mirim, zona sul da cidade e recebeu Licença Ambiental de Instalação - LAI em janeiro de 2013.

Em fevereiro de 2013 a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, SIURB, iniciou o primeiro trecho das obras de canalização, que tem cerca de 800 metros, entre o canal da Represa Guarapiranga até a rua Frederico Grotte. Além da canalização está em andamento a construção do trevo da avenida Guido Caloi, sentido bairro/centro com 513 metros, e no sentido centro/bairro com 316 metros; e a construção dos dois primeiros viadutos do sistema viário da obra.

O viaduto 2 está com fundações concluídas, pilares, e no momento, os operários estão concretando o tabuleiro, ou seja, a base das pistas. Já o viaduto 3 está em fase de execução dos pilares, e com as fundações concluídas. Estes dois viadutos farão a ligação viária da nova via com a avenida Guido Caloi. Hoje, a obra tem 400 funcionários diretos.

Há mais de 40 anos que a população aguarda a realização dessa obra que deverá beneficiar cerca de 550 mil pessoas. A área da bacia hidrográfica do córrego Ponte Baixa é de aproximadamente 6,7 km², ou seja, 670 hectares. O córrego, que desemboca no canal Guarapiranga, sofre com a poluição e assoreamentos, e em época de chuvas transborda em vários pontos.

Esse conjunto de obras engloba a canalização; a construção de reservatório; vias de fundo de vale; e interligação viária por intermédio de três viadutos.

A estrada do M'Boi Mirim é o principal eixo viário de acesso à região de Santo Amaro pelos moradores do Jardim São Luís, do Jardim Ângela e de parte de municípios como Embu-Guaçu e Itapecerica da Serra. O trânsito na estrada do M'Boi Mirim é diretamente afetado pelas cheias dos córregos Ponte Baixa e Jardim Letícia, que reduzem a velocidade do tráfego e produzem congestionamentos. Além disto existem famílias que vivem em situação de risco dentro da área do projeto que serão reassentadas ou terão suas moradias readequadas, dependendo do caso específico de cada unidade familiar.

As vias previstas no projeto irão desafogar o tráfego da estrada do M'Boi Mirim e melhorar a mobilidade da região.

Córrego Ponte Baixa e piscinão


A canalização do córrego Ponte Baixa, desde o canal do Guarapiranga até a estrada M’ Boi Mirim, totalizará cerca de 3 quilômetros, atendendo os bairros de Jardim Mazza, Jardim Klein, Jardim Guarujá, Jardim Letícia, Jardim Novo Santo Amaro, Jardim Vergueiro, e Jardim São Luis.

O córrego Ponte Baixa está sendo ampliado de 4 metros de largura, para 16,5 metros de largura, com trechos em canal aberto e outros em galerias retangulares fechadas, que tem 3,5 metros de altura. Isto significa um aumento de vazão de quatro vezes a capacidade. O futuro reservatório de regularização de vazão, localizado na altura da avenida Inácio Dias da Silva, terá capacidade de reservação de 15.000 m³, ou 15 milhões de litros.

Obra tem mais de 400 funcionários. Fotos: Márcia Brasil

Sistema Viário e viadutos de interligação
Obras viárias que contemplam a execução de vias ao lado do canal, com ciclovias e áreas verdes, entre a av. Guido Caloi e r. Daniel Klein, em um trecho de aproximadamente 3 km; três viadutos de interligação, sendo dois na ligação com a av. Guido Caloi (já em construção) e um no início do trecho na ligação com av. M’boi Mirim com extensões de 512 m, 315 m e 372 m, respectivamente.

Córrego Jardim Letícia
O córrego Jardim Letícia, afluente da margem esquerda do Ponte Baixa, será canalizado em uma extensão de 900 metros. Ao longo da canalização está prevista a implantação de um parque linear para conservação das margens e recuperação da área de preservação permanente do córrego e a criação de uma área verde.

O empreendimento está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do Governo Federal, do qual receberá R$ 284 milhões. Este ano já foram liberados ¼ do valor. A obra irá custar cerca de R$ 400 milhões e a Prefeitura de São Paulo arcará com R$ 116 milhões. O contrato foi assinado em 18 de fevereiro de 2013 com o consórcio Camargo Correa/Mendes Júnior. O prazo de execução é de 36 meses, ou seja, a conclusão está prevista para o final de 2015.

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