SECRETARIA DE CULTURA PRORROGA INSCRIÇÕES DOS BLOCOS CARNAVALESCOS

As inscrições para os blocos e cordões carnavalescos em geral estão prorrogadas até sexta-feira, dia 7 de fevereiro. Para aqueles que sairão na própria sexta-feira (7), as inscrições deverão ser realizadas até quinta-feira, dia 6 de fevereiro

Pela primeira vez, a Prefeitura de São Paulo dá um passo concreto para a organização do seu Carnaval de Rua. Já está no ar o novo site (www.carnavalderuadesaopaulo.com.br) que terá como principal finalidade, nesta primeira fase, cadastrar os blocos interessados em aderir ao Plano de Apoio ao Carnaval de Rua da Cidade de São Paulo e receber benefícios como: inserção na logística e agenda municipal de serviços; subsídio da taxa cobrada pela CET; inclusão no plano de comunicação municipal; infraestrutura mínima contendo banheiros químicos, sinalização, grades de proteção, ambulâncias etc. e adesão ao programa geral de patrocínios do Carnaval de Rua. Cada particularidade será levada em conta para o fornecimento da infraestrutura, adequando a oferta de serviços à demanda de cada iniciativa, levando em conta seu histórico.

O cadastramento é voluntário e gratuito, e foi prorrogado até dia 7 de fevereiro, dando um prazo mais amplo para todos os interessados efetuarem suas inscrições. Ao final, este cadastramento resultará em um banco de dados dos principais blocos e seu planejamento de saídas ao longo de todo o período pré-Carnaval e também durante os dias de folia. Na segunda fase, a página terá caráter informativo sobre o cronograma e distribuição dos blocos pela cidade.

HISTÓRICO

O planejamento do Carnaval de Rua de São Paulo começou no ano passado, com a chegada do Secretário Juca Ferreira à Secretaria Municipal de Cultura. Já em 2013, em virtude do tempo exíguo para organização das celebrações daquele ano, a postura inicial foi a de liberação dos blocos, sem repressão ou imposições. A partir de então, foi aberto um canal de diálogo com representantes de grupos carnavalescos e associações de moradores dos bairros para diálogos sobre a formatação de uma política pública para a celebração na cidade de São Paulo.

Em dezembro do ano passado, foi realizado um Seminário de Carnaval de Rua, no Centro Cultural São Paulo, que recebeu convidados de celebrações de rua em capitais do Nordeste, Rio de Janeiro e também do Reino Unido, para obter informações sobre como estas atividades se organizam nas mais diferentes metrópoles e as experiências que poderiam ser repetidas em São Paulo, levando em consideração suas peculiaridades.

A iniciativa de organizar o Carnaval de Rua da cidade foi uma demanda dos próprios organizadores, por meio do Manifesto Carnavalista, que buscam o reconhecimento desta forma de celebrar o carnaval como uma atividade de dimensão cultural, simbólica, econômica e turística, além da sua importância histórica e artística.

Durante algum tempo, o Carnaval de Rua resumia toda a atividade carnavalesca de São Paulo, por meio dos cordões que ocupavam as ruas e serviam de espaço para a criação e propagação do samba paulistano. Os primeiros bailes começaram a ser organizados em 1830. Somente em 1934, quando o prefeito Fábio da Silva Prado criou o Departamento de Cultura e Recreação, aconteceu o primeiro desfile patrocinado pelo poder público. Na década de 1950, começaram a surgir as primeiras agremiações batizadas de escolas de samba. O primeiro desfile aconteceu em 1055, no Ibirapuera. A partir de então, os desfiles passaram a ser organizados e traziam escolas como Lavapés, Unidos do Peruche e Nenê de Vila Matilde.

Com a oficialização do Carnaval na década de 1970, com a publicação de uma lei criada pelo prefeito Faria Lima para promover o Carnaval da cidade, que entre outras ações instituía verbas e premiações, na prática, os recursos passaram a subsidiar o desfile das Escolas de Samba, decretando pela falta de incentivo e recursos o fim dos cordões e da ligação do Carnaval paulistano com as suas raízes.