Itaquera é a seleção campeã da Copa SP14

A decisão do primeiro título da Seleção de Itaquera veio nos pênaltis. A vitória foi de 4x2 sobre Guaianases.

 No último sábado (25), o time de meninos de Itaquera que formaram a equipe da região, disputou a final no Estádio do Pacaembu contra Guaianases, o jogo foi parte da Copa SP14. A Copa Sub 14 reuniu times de várzea e base das 32 subprefeituras.

Em campo havia uma disputa acirrada e local, entre Guaianases x Itaquera e fora dele, familiares, amigos e apoiadores do time lotaram a arquibancada para assistir ao jogo.

Itaquera conseguiu o título da competição depois de um jogo com resultado de 0 para ambos os times, então, a disputa foi para os pênaltis.

 “Jogar no Pacaembu foi muita emoção, pensar que muitos craques já passaram ali onde eu estava pisando”, com um largo sorriso no rosto, diz Pedro Henrique, mais conhecido como “Pedro Louco”, o camisa 13 da Seleção de Itaquera. Para ele e uma dezena de garotos, o dia 25 de Abril de 2015 será lembrado por toda a história, incluindo suas famílias e amigos que estavam no estádio.


Alegria, comoção, superação. Eram tantos os sentimentos que tentavam descrever o momento único que estavam vivendo, mas nenhuma palavra conseguiu traduzir o que sentiam.


Para Nádia Carvalho, mãe de Mikael Victor, tudo parecia um sonho: “É muita emoção, não esperava que um dia ele jogasse aqui”. Ela foi com seus dois filhos, três sobrinhos, o cunhado e a irmã, para prestigiar o rebento.


Com os olhos marejados, Élida Cardoso diz: “Estou muito emocionada”. A mãe do zagueiro Kauan mal conseguia falar, seu sorriso se confundia com as lágrimas de felicidade ao ver o filho entrando em campo. Seu esposo, Flávio Cardoso, era um dos mais animados: “Estou ansioso, orgulhoso”. A família prestigiou o pequeno jogador com camisetas personalizadas, com direito a foto e o número da camisa do menino, 3. Para Kauan, a torcida fez toda a diferença: “Eu fiquei muito feliz de ver meu pais, meu amigos e meus familiares torcendo por mim e pelo meu time.”

Uma seleção certamente não é feita somente por seus jogadores e técnicos. Da subprefeitura de Itaquera, veio o apoio da supervisora de esportes. Para ela, chegar na final foi como um sonho: “Uma sensação única, de felicidade, realização. Pareciam meus filhos ganhando o troféu, chorei como se fossem realmente. Como supervisora, tenho a sensação de missão cumprida”. Ela ainda fala do desenvolvimento do time ao longo do campeonato: “Eles começaram como gatinhos assustados e terminaram como leões vencedores. Pois a união da equipe e a força de vontade junto com a humildade foram tudo”. Ao seu lado, Marcio Issa, coordenador do Centro Esportivo José Bonifácio e padrinho dos meninos, era só alegria: “Lutamos até o final, para vencer”.

O caminho da vitória teve lá seus percalços. Foram sete jogos oficiais pelo campeonato, sendo quatro vitórias, dois empates e uma única derrota, justamente para o time que enfrentaram na grande final. A equipe ainda fez outros cinco amistosos preparatórios para o grande dia, tendo três vitórias e dois empates.

O técnico Gilberto Roque não deu moleza para os garotos e apesar da boa campanha, foi categórico. Em todos os jogos, sua nota foi a mesma: 6. Após a conquista do título, veio a felicidade: “Hoje a nota é 8,5”, disse o Treinador. Apesar de rigoroso, Giba, como é chamado pelos meninos, é muito admirado e respeitado pelos jogadores. “Ele é um excelente técnico, chegamos na final por causa dele”, acrescenta Pedro Malva.

E sem dúvidas, o maestro desta grande orquestra foi merecedor do título. Debaixo de sol, chuva, vento e independente das condições climáticas, Gilberto estava sempre lá, com a mesma seriedade e competência. Tratando os meninos de igual para igual, montou uma seleção forte, unida e muito bem esquematizada taticamente. Embora cada um tivesse seu brilho individual, Gilberto conseguiu fazer com que esta constelação, unida, iluminasse todo o Pacaembu.