Subprefeitura promove diálogo dos Bairros do Tamanduateí

Encontro aconteceu na Subprefeitura do Ipiranga na última segunda-feira, dia 02 de junho e contou com a participação de mais de 100 pessoas

 

Com o objetivo de recolher contribuições da sociedade civil para subsidiar a elaboração do projeto de lei, técnicos da SP Urbanismo apresentaram os estudos da futura Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca, em um encontro no auditório da Subprefeitura Ipiranga, na última segunda-feira, dia 02 de junho. O espaço ficou cheio de moradores e lideranças locais que debateram com os técnicos e deram sugestões para o melhoramento do projeto.

 

Para quem não sabe, as Operações Urbanas visam promover novas melhorias em regiões predeterminadas da cidade através de parcerias entre o Poder Público e a iniciativa privada. O perímetro de cada Operação Urbana é favorecido por leis que preveem maior flexibilidade quanto aos limites estabelecidos pela Lei de Zoneamento, mediante o pagamento de uma contrapartida financeira. Este dinheiro é pago à Prefeitura, e só pode ser usado em melhorias urbanas na própria região.

 

A área desse projeto é formada pelos bairros da Mooca, Cambuci, Ipiranga, Vila Prudente, Vila Zelina e Vila Carioca, que hoje abriga em torno de 140 mil moradores e poderá ver o seu número de habitantes triplicar nos próximos 30 anos. É uma região que apresenta grandes terrenos e áreas subutilizados, com uma densidade demográfica relativamente baixa, de 84 habitantes por hectare.

 

Sendo assim, um dos principais objetivos da Operação Urbana Mooca-Vila Carioca é aumentar ainda mais o número de habitações de interesse social, com a aquisição de 141 mil metros quadrados de área para este fim. O bairro do Ipiranga, onde está localizada a Vila Carioca, é composto em grande parte por antigos loteamentos de elevada qualidade urbana e inestimável importância histórica, e que até hoje manteve suas características de área de uso misto com forte predomínio residencial de classe média, a despeito do esvaziamento econômico das áreas industriais situadas junto às avenidas do Estado e das Juntas Provisórias, bem como da recente intensificação do desenvolvimento imobiliário e da instalação de grandes equipamentos de transportes.

 

O projeto prevê também a construção de novas unidades de Centros de Educação Unificado (CEUs), além de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na região, ciclovias e de um aumento de 138% de áreas verdes. A ideia é construir pequenos parques e espaços verdes em calçadas e praças nos bairros da adjacência. O projeto pretende, por meio da reocupação equilibrada de áreas subutilizadas, integrar outros bairros por meio da transposição da ferrovia, criando melhores condições urbanísticas de desenvolvimento. Outro desafio é conciliar a manutenção de suas qualidades urbanísticas e históricas com o intenso desenvolvimento imobiliário já em curso, levando essa transformação também para a área que abrange a várzea do Tamanduateí.