Novo plano de ação do Programa Saúde na Escola levará mais saúde às crianças

Desde 2013 o programa assistiu a cerca de 1,6 milhão de estudantes

 

“Metade dos problemas da cidade nós podemos resolver com mudança de comportamento”. Este foi o diagnóstico do prefeito no 1º Encontro Municipal do Programa Saúde na Escola (PSE) da cidade de São Paulo, nesta quinta-feira (1), no auditório da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD). O encontro foi marcado pela apresentação do novo plano de ação do Programa Saúde na Escola. Este passo integra a ação Saúde em Movimento, implementada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e que objetiva melhorar o acesso da população aos diversos serviços de saúde. O documento norteador articulará as ações intersecretariais e orientará o planejamento e desenvolvimento do programa no município de São Paulo.

O PSE foi criado em 2011, pelos Ministérios da Saúde e da Educação. Chegou a São Paulo no primeiro ano da gestão 2013. Desde então, cerca de 1,6 milhão de estudantes foram assistidos pelo programa. As secretarias municipais de Educação e de Saúde, por meio de Grupos de Trabalho Intersetoriais (GTI), vêm desenvolvendo ações de forma articulada e integrada, em uma proposta de gestão compartilhada.

‘Espero que todo mundo se engaje para garantir um ambiente mais saudável dentro da escola’

Haddad destacou a importância do trabalho intersecretarial e dos benefícios que esse tipo de ação pode trazer para os estudantes. “Tem muita gente reunida no ambiente escolar. A gente sabe o dia e a hora que eles estão reunidos e quantas pessoas estão lá [nas escolas] e que os profissionais podem fazer o encaminhamento prévio e o diagnóstico prévio dos problemas que as crianças podem estar enfrentando. Às vezes, a mãe pode levar um tempo para perceber e levar a criança para o posto de saúde. Se a criança estiver perto de um médico, ele vai diagnosticar com antecedência e, às vezes, pode salvar o ano letivo dela. O que espero desse programa é o engajamento com a comunidade. Espero que todo mundo se engaje para garantir um ambiente mais saudável dentro da escola”, disse o prefeito.

Em 2014, foram assistidos 907.944 alunos pelos profissionais da saúde engajados no PSE. Foram então executadas ações como avaliação antropométrica, verificação da situação vacinal, saúde bucal, teste do reflexo vermelho, teste de Snellem (oftalmológico), identificação de agravos de saúde negligenciados, promoção da alimentação saudável, promoção da cultura de paz, saúde mental, saúde reprodutiva e prevenção às DST, prevenção ao uso de álcool e drogas, prevenção de acidente e violência, promoção da saúde ambiental e promoção das práticas corporais e atividades físicas.

‘Sensibilizando as crianças, a gente pode fazer uma cidade mais saudável’

Para o secretário municipal da Saúde, as ações de saúde na escola são necessárias para ajudar no desenvolvimento escolar dos alunos. “Às vezes, elas não conseguem se desenvolver bem na escola porque estão com dor de dente, dor de cabeça ou algum problema de saúde ou com distúrbios mentais que podem atrapalhar o rendimento. As ações de saúde na escola ajudam muito no rendimento escolar das crianças. Além disso, essas ações ajudam muito a Saúde, porque a gente garante crianças mais saudáveis, que serão adultos mais saudáveis. Sensibilizando as crianças, a gente pode fazer uma cidade mais saudável”, afirmou o secretário.

O secretário municipal de Educação destacou a generosidade como a matéria-prima para o trabalho desenvolvido na Educação e na Saúde. “A Saúde trabalha com prevenção, mas cuida das pessoas no seu momento de maior vulnerabilidade. E nós, educadores, trabalhamos com a generosidade porque a gente dá um pouco do que a gente sabe...Todos esses caminhos nos ajudam a ter um olhar para a educação que vai além da habilidade cognitiva propriamente dita, mas que vai na construção de uma pessoa que sabe cuidar da sua saúde, que sabe utilizar de uma forma correta o meio ambiente, que sabe ter bons hábitos e que vai ensinar os pais a fazer isso”, comentou .

 

 

Por Beatriz Prado