No Dia de São João quem ganhou foi São Miguel

Bairro da Zona Leste, um dos mais populosos da cidade, recebe, de uma vez só, uma base comunitária da GCM, aberta 24 horas por dia, e uma Casa de Mediação na Praça de Atendimento da subprefeitura

O dia 24 de junho foi Dia de São João, mas bem que poderia ter sido de São Miguel. Em um intervalo de menos de uma hora, o bairro, na Zona Leste de São Paulo, recebeu dois serviços da GCM que trarão segurança e paz aos moradores da região, uma das mais populosas da cidade. Na Praça de Atendimento da Subprefeitura de São Miguel foi aberta a nova Casa de Mediação, cujo objetivo é fazer com que pessoas envolvidas em conflitos cheguem a um acordo por meio do diálogo, sem a necessidade de buscar a Justiça tradicional.

A poucos metros da Casa de Mediação, na Praça Fortunato da Silveira, foi reinaugurada, após 8 anos fechada, a Base Comunitária Morumbizinho, sob o comando da inspetora Daniela Aparecida Melo. Com um efetivo de 15 guardas civis metropolitanos, a base, com os vidros blindados, ficará aberta 24 horas por dia, todos os dias da semana. A reinauguração da base comunitária faz parte de um programa executado pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana. A ação prevê até dezembro a reabertura de cinco bases comunitárias da GCM fechadas por gestões anteriores a do prefeito Fernando Haddad.

Estavam presentes nas duas cerimônias o secretário municipal de segurança urbana, Benedito Mariano, o comandante da GCM, Gilson Menezes, o subcomandante Vanderlei Bento Barbosa, o subprefeito de São Miguel, Prof. Adalberto Dias de Sousa (Tim Maia), o delegado titular do 63º DP (Vila Jacuí), Vicente Marques dos Reis, o comandante da 2ª CIA do 2º Batalhão da PM, capitão Caio Mozart, a pró-reitora da Universidade Cruzeiro do Sul, Prof. Janice Valia, o presidente da Associação Comercial de São Miguel, Fernando José Velucci, e o presidente do Conseg local, José Ribeiro.

Para o secretário Mariano, a reabertura da base atende a uma antiga reivindicação dos moradores. “Esperamos que as bases comunitárias não sejam uma política de gestão, mas sim uma política da Prefeitura de São Paulo, independentemente do governo de turno”, afirmou. O comandante Menezes parabenizou a população de São Miguel pela mobilização ao pedir a reabertura da base. “Foram a fé e a esperança de vocês que fizeram a base ser reaberta”, disse o comandante. Na avaliação do subprefeito Tim Maia, a base jamais deveria ter sido fechada. “Foi um erro que consertamos graças ao empenho do prefeito Haddad e do secretário Mariano”, declarou.

A pró-reitora da Unicsul ressaltou que a reinauguração da Base Comunitária do Morumbizinho trará mais segurança a quem estuda na região. “São cerca de 20 mil estudantes que se sentirão mais protegidos com a presença da base da GCM, sobretudo os que estudam à noite. Estamos muito felizes. A base da GCM é muito bem-vinda”, disse.

O coral da GCM fez uma apresentação minutos antes do descerramento da placa de reinauguração da base. Crianças de uma escola local também fizeram uma apresentação musical ao público presente.

Mais perto

As Casas de Mediação vão mudar de endereço para ficarem ainda mais perto da população. Até o fim de agosto, a totalidade do serviço passará a ser realizada nas praças de atendimento das subprefeituras e não mais nas inspetorias regionais da GCM. A Casa de Mediação localizada na Subprefeitura de São Miguel foi a primeira a mudar de endereço. A próxima subprefeitura a receber uma Casa de Mediação será a de Perus, na Zona Norte.
“Nas inspetorias da GCM as Casas de Mediação não têm a mesma visibilidade.

Por isso elas vão mudar de endereço. As praças de atendimento das subprefeituras, sempre com grande movimentação, são o local ideal para elas funcionarem”, afirmou o secretário Mariano. “As Casas de Mediação tèm papel importante porque desafogam o trabalho da Polícia Civil e da Polícia Militar”, disse o subprefeito de São Miguel.

A GCM possuiu 260 guardas civis metropolitanos capacitados a mediar o trabalho das Casas de Mediação. Todos os GCMs capacitados receberam treinamento do CJN (Conselho Nacional de Justiça) e da Enam (Escola Nacional de Mediação).

Os serviços prestados pelas Casas de Mediação são totalmente gratuitos e não necessitam da presença de um advogado. Desentendimento entre familiares, desentendimento entre vizinhos, desentendimento referente à perturbação de sossego são alguns dos temas solucionados pelas Casas de Mediação.