Comandante da GCM discute estratégias de segurança com a comunidade da USP

O evento promovido anualmente para discutir modelos de segurança e formas de atuação das polícias nos campi da USP ocorreu na manhã desta quinta-feira, 20/08, na Cidade Universitária. Criado pelo Centro Acadêmico Visconde de Cairu, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, o fórum foi instituído em 2011, após o assassinato de um aluno durante tentativa de assalto.

Às vésperas da implantação de uma nova modalidade de policiamento no campus da capital, inspirada em experiências japonesas, alunos, a pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Viviane Cubas e o superintendente de segurança da Universidade, Prof. Dr. José Antonio Visintin reuniram-se com o comandante geral da GCM, Inspetor Gilson Menezes, para discutirem experiências de policiamento comunitário.

Desenvolvido pela Guarda Civil Metropolitana desde sua criação, em 1986, esse tipo de trabalho que busca um contato permanente com a comunidade chamou a atenção dos organizadores do encontro. “Resolvemos convidar o comandante da GCM, pois o modelo japonês que se pretende instalar na USP parece apresentar uma série de semelhanças com o trabalho que já é feito pela GCM e queremos conhecê-lo mais de perto”, disse o representante dos alunos da Faculdade de Economia, Victor Vaccaro.

A ação batizada de “USP Segura” pretende aliar o trabalho de aproximadamente 100 policiais militares com a Guarda Universitária, que será responsável, principalmente, pelo monitoramento com câmeras na Universidade.

Para o comandante geral da GCM, é perfeitamente possível que a polícia se adapte à realidade da USP. “Assim como fazemos em nossa atuação nas unidades escolares da rede municipal de ensino, é preciso que se respeite o papel institucional da universidade, com sua autonomia administrativa e liberdade na tomada de decisões, por outro lado, não pode haver interferências da USP na atuação operacional dos policiais”, afirmou o comandante.

Segundo o superintendente de segurança, prof. Visintin, esse trabalho integrado será acompanhado pelo Núcleo de Direitos Humanos da USP, que reúne alunos, professores e funcionários.