VIGIDESASTRES

Programa de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada a Populações Expostas aos Desastres Naturais e/ou Tecnológicos do Município de São Paulo

 

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AÇÕES REALIZADAS PELO VIGIDESASTRES


O Programa Vigidesastres foi instituído pela Portaria GM/MS nº 4.185, de 01 de dezembro de 2022, e abrange uma série de ações de proteção da saúde, quanto aos impactos decorrentes de desastres.

Os desastres são variados e muitas vezes imprevisíveis, mas sua recorrência ao longo dos anos permite identificar tipos mais frequentes e regiões mais afetadas. No entanto, mesmo que possamos identificar e caracterizar os desastres, é importante observar que cada um deles tem uma particularidade em relação ao tipo de evento, sua complexidade, ao tamanho da área afetada e às características da população exposta, bem como diferentes condições socioambientais presentes no território, que podem afetar de formas variadas a saúde da população.

Os impactos dos desastres resultam em efeitos diretos e indiretos sobre a saúde e o bem-estar das pessoas, de ordem física e mental, combinando o agravamento de doenças preexistentes com o surgimento de novas, em um cenário de sobreposição de riscos, doenças e danos (Figura 1).

 

 

Figura 1. Tipos de eventos naturais e tecnológicos, com seus efeitos sobre a saúde humana.

 

Neste contexto, as equipes desenvolvem um conjunto de ações com diferentes setores e esferas de governo (municipal, estadual e federal), assim como com as comunidades suscetíveis, de antecipação, planejamento e preparação para resposta, para, em tempo oportuno, reduzir o risco da exposição da população e dos profissionais de saúde aos desastres, minimizar doenças e agravos decorrentes deles, bem como reduzir os danos aos serviços de saúde. Desta forma, vem trabalhando conforme o tipo de evento, com participação em grupos técnicos e exercícios simulados; capacitação aos profissionais de saúde; elaboração de fluxos, protocolos e planos; produção e divulgação de materiais orientativos sobre riscos, doenças e agravos relacionados a desastres; monitoramento e verificação de eventos (Figura 2).

        Figura 2. Elaboração de material orientativo sobre Hipotermia e participação no exercício simulado de incêndio em comunidade no Ipiranga (2022).

 

Na ocorrência de um desastre, as equipes das UVIS realizam a verificação in loco, com a avaliação da área afetada e da população exposta, com visita “casa a casa” para levantamento das necessidades de saúde, encaminhamentos e orientações quanto aos cuidados pós-desastre (Figura 3). Também são avaliados os serviços atingidos, principalmente o funcionamento dos equipamentos de saúde. Há o acompanhamento do restabelecimento da saúde no território.

 Figura 3. Avaliação da área afetada e da população exposta, com visita “casa a casa” no Itaim Paulista (2022).

     

 Na cidade de São Paulo, os eventos mais comuns são:

  • os desastres naturais causados pela chuva (hidrológicos), como alagamentos, enchentes, inundações e deslizamentos de terra (Figura 4), e;



Figura 4. Alagamento no bairro de Artur Alvim em 14/03/2022.

 

  • os desastres tecnológicos (decorrentes do uso de conhecimento científico e de novas tecnologias), como acidentes com produtos químicos perigosos e os incêndios urbanos, principalmente em aglomerados residenciais e instalações industriais/comerciais (Figuras 5 e 6).


Figura 5. Incêndio em comunidade na Penha em 27/04/2023.


Figura 6. Incêndio em indústria de produtos químicos em Pirituba, no dia 22/08/2023.

 

Além disso, o Vigidesastres participa da articulação das agendas de mudanças climáticas e seus efeitos à saúde humana. Integra o Grupo de Trabalho do Plano Preventivo Chuvas de Verão e o Comitê Permanente de Gestão em Situação de Altas e Baixas Temperaturas.
As mudanças climáticas já estão afetando todas as regiões da Terra, de diferentes maneiras. Tem sido observado um aumento de eventos extremos como, por exemplo, ondas de calor ou ondas de frio, fortes chuvas/inundações ou estiagem prolongada, trazendo consigo um grande potencial de desastres, danos e perdas, tanto econômicas quanto humanas.

 

Ondas de calor e altas temperaturas


Quando ocorre o aumento da temperatura e exposição ao sol, os cuidados com a saúde precisam ser redobrados, devido à maior perda de líquidos e de sais minerais pela transpiração, sendo as crianças, os idosos e a população em situação de rua os mais sensíveis a essas perdas.
Proteja-se para evitar insolação, desidratação e outros problemas que podem decorrer da exposição ao sol forte e altas temperaturas, principalmente acima de 32°C na cidade de São Paulo.


Orientações para grupos mais suscetíveis:

  • Bebês e crianças: oferecer líquido com frequência, lembrando que a água deve ser sempre filtrada ou fervida;
  • Idosos, maiores de 65 anos, pessoas doentes, especialmente cardíacos ou com pressão alta, acamados, portadores de doenças crônicas (cardiovasculares, respiratórias, mentais, renais, diabetes, alcoolismo) e pessoas que tomam medicamentos de uso contínuo: oferecer líquidos com frequência, a não ser que haja contraindicação médica;
  • Trabalhadores que atuam em área externa: usar roupas folgadas, de tecidos leves e claros. Usar um chapéu ou boné, e óculos escuros, de boa qualidade para não prejudicar os olhos. Também usar sempre filtro solar, reaplicando-o novamente após algumas horas ou quando transpirar muito.

Atenção aos sinais e sintomas:

  • Cãibras;
  • Esgotamento pelo calor (sede, cansaço, dor de cabeça, suor, palidez, náuseas, vômitos, desmaio);
  • Insolação (pele vermelha, quente e seca, sem suor, pulso rápido, dor de cabeça, tontura, confusão ou agressividade, temperatura do corpo elevada, perda de consciência e até convulsões).

Na presença de sinais e sintomas, é importante permanecer em local fresco ou refrigerado, tentar baixar a temperatura e buscar atendimento em um serviço de saúde.
Os cuidados com a alimentação também precisam ser redobrados. Nessa época, são comuns os casos de intoxicação alimentar. Por isso, tome cuidado com a conservação, manuseio e preparo dos alimentos.
Os cães e gatos ficam ofegantes, mais apáticos e podem desidratar com facilidade. Eles também precisam de cuidados com a saúde.

Acesse aqui os folhetos, clicando nas imagens:


Saiba mais sobre as operações de altas temperaturas:

 

 

Ondas de frio e baixas temperaturas

Em outro extremo, quando exposto ao frio, o corpo começa a perder calor mais rápido do que pode ser produzido. O resultado é a hipotermia: temperatura corporal inferior a 35°C. Essa situação é normalmente causada pela permanência prolongada em ambientes muito frios.
As baixas temperaturas, associadas ao ar mais seco durante o inverno, aumentam os riscos de doenças, principalmente do coração, vasos sanguíneos e pulmões, e requerem cuidados especiais.

Atenção aos sinais e sintomas:

  •  Tremores;
  •  Pele fria;
  • Dificuldade para respirar;
  •  Diminuição da frequência cardíaca;
  •  Confusão mental;
  • Fala lenta e confusa;
  •  Sonolência;
  • Fraqueza.

Cuidados:

  • Permaneça em local aquecido;
  •  Consuma bebidas quentes;
  •  Agasalhe-se bem.

Se necessário, procure um serviço de saúde!


Acesse aqui os folhetos, clicando nas imagens:

 

Saiba mais sobre as operações de baixas temperaturas:


  


INFORMAÇÕES PARA O CIDADÃO


O Vigidesastres alerta e orienta a população para os riscos e cuidados em relação aos desastres. Confira abaixo os materiais disponíveis, clicando nas figuras:

 

Clique na figura abaixo e saiba mais sobre o Plano Chuvas de Verão 

 

Clique na fIgura e veja o que você precisa saber a respeito dos riscos e cuidados relacionados às enchentes.

 

Clique na figura abaixo e siga os cuidados para evitar a Leptospirose:

 

Diante de chuvas intensas, há necessidade de redobrar os cuidados com a água para consumo humano. Acesse aqui as informações!

 

Clique na figura abaixo e verifique como evitar as doenças transmitidas por água e alimentos:

 

 


INFORMAÇÕES PARA PROFISSIONAIS 


Os seguintes informes técnicos orientam como proceder em casos de desastres e nas consequências decorrentes do mesmo.

 

 

Clique nos links abaixo e veja dicas importantes:

 


DENÚNCIAS